
"First of the gang with a gun in his hand / And the first to do time / The first of the gang to die / Oh my" - Esse foi o primeiro de muitos outros coros da noite do dia 09 de Março, na Fundição Progresso. O mito incontestável se fez presente em um dos mais importantes palcos da cidade do Rio de Janeiro por volta da meia-noite, levando a casa lotada de fãs de todos os estilos e idades à loucura.
Steven Patrick Morrissey, um dos ingleses mais enigmáticos e curiosos de todos os tempos, ex-líder de uma das bandas mais cultuadas do mundo que dispensa apresentações, fez aquela noite dos 3.000 presentes se tornar inesquecível. Com um set arrebatador, cheio de hits, e contemplando os bons e velhos fãs do seu tempo de Smiths, o cantor conduziu sua apresentação com um domínio de palco espantoso, sem contar na qualidade vocal impecável, que no auge dos seus 52 anos de idade não deixou margem para críticas.
Conforme as músicas íam sendo tocadas e a multidão insáciável acompanhava, ficava claro que, diferente de muitos ex-líderes de bandas consagradas, Morrissey obteve uma carreira solo de muito sucesso, conseguindo então sustentar seu show praticamente inteiro com suas composições do ano de 1987 em diante. Isso não significa que ele tenha renegado sua ex-banda, muito pelo contrário. Depois de uma sequência arrebatadora, o mito emociona a todos com sua melancólica "Still Ill", confirmando que aquela noite seria sim especial para todo mundo, inclusive para o próprio cantor, que declarou: "Vocês desataram o nó do meu coração".
Convincente ou não, sua apresentação teatral agradou e divertiu a platéia em momentos inesquecíveis, como quando arrancou sua camisa ao som de "Let Me Kiss You". Voltando ao set, "Everyday Is Like Sunday" proporcionou um dos maiores coros da noite, que só perdeu talvez para a tão esperada "There Is A Light That Never Goes Out", que a banda manteve, para a minha felicidade, um arranjo parecidíssimo com o original. "Meat is Murder", onde foram exibidas num telão imagens chocantes do abatimento de animais, tentou conscientizar a platéia de que o veganismo é o futuro do planeta. Passando pelas aclamadas "I Know It's Over" e uma versão bem intimista de "Please, Please, Please Let Me Get What I Want", o momento mais belo do show ficou por conta de "How Soon is Now?", que apesar de ser uma canção dificílima de ser executada ao vivo, foi tocada de maneira absolutamente impecável pela banda, que era composta por integrantes sem camisa e de shortinhos amarelos, com excessão do guitarrista Boz Boorer - que tocou com o cantor na sua última passagem por aqui, em 2000 -, e estava travestido de mulher, com seu vestido azul brilhante e peruca loira/ruiva (?)
Como não poderia deixar de ser, senti falta de muitas canções, dentre elas: "That's How People Grow Up" e "Irish Blood, English Heart". Não obstante, a intensa "One Day Goodbye Will Be Farewell" encerrou muito bem o show do ácido cantor, que dentre críticas ao governo inglês e ao pop atual, nos deixou claro que a música é o seu objetivo e sua principal fonte de orgulho.
SETLIST
1- First Of The Gang To Die
2- You Have Killed Me
3- Black Cloud
4- When Last I Spoke To Carol
5- Alma Matters
6- Still Ill
7- Everyday Is Like Sunday
8- Speedway
9- You’re The One For Me, Fatty
10- I Will See You In Far Off Places
11- Meat Is Murder
12- Ouija Board, Ouija Board
13- I Know It’s Over
14- Let Me Kiss You
15- There Is A Light That Never Goes Out
16- I’m Throwing My Arms Around Paris
17- Please, Please, Please Let Me Get What I Want
18- How Soon Is Now?
Bis
19- One Day Goodbye Will Be Farewell
A Abertura ficou por conta da cantora Kristeen Young que não decepcionou com seu som Eletrônico Alternativo. A americana já é figura garantida em shows do Morrissey, acompanhando-o em suas ultimas duas turnês. Com um show minimalista, acompanhada apenas por teclados e programações eletrônicas, Kristeen arrancou muitos aplausos do público.
Steven Patrick Morrissey, um dos ingleses mais enigmáticos e curiosos de todos os tempos, ex-líder de uma das bandas mais cultuadas do mundo que dispensa apresentações, fez aquela noite dos 3.000 presentes se tornar inesquecível. Com um set arrebatador, cheio de hits, e contemplando os bons e velhos fãs do seu tempo de Smiths, o cantor conduziu sua apresentação com um domínio de palco espantoso, sem contar na qualidade vocal impecável, que no auge dos seus 52 anos de idade não deixou margem para críticas.
Convincente ou não, sua apresentação teatral agradou e divertiu a platéia em momentos inesquecíveis, como quando arrancou sua camisa ao som de "Let Me Kiss You". Voltando ao set, "Everyday Is Like Sunday" proporcionou um dos maiores coros da noite, que só perdeu talvez para a tão esperada "There Is A Light That Never Goes Out", que a banda manteve, para a minha felicidade, um arranjo parecidíssimo com o original. "Meat is Murder", onde foram exibidas num telão imagens chocantes do abatimento de animais, tentou conscientizar a platéia de que o veganismo é o futuro do planeta. Passando pelas aclamadas "I Know It's Over" e uma versão bem intimista de "Please, Please, Please Let Me Get What I Want", o momento mais belo do show ficou por conta de "How Soon is Now?", que apesar de ser uma canção dificílima de ser executada ao vivo, foi tocada de maneira absolutamente impecável pela banda, que era composta por integrantes sem camisa e de shortinhos amarelos, com excessão do guitarrista Boz Boorer - que tocou com o cantor na sua última passagem por aqui, em 2000 -, e estava travestido de mulher, com seu vestido azul brilhante e peruca loira/ruiva (?)
SETLIST
1- First Of The Gang To Die
2- You Have Killed Me
3- Black Cloud
4- When Last I Spoke To Carol
5- Alma Matters
6- Still Ill
7- Everyday Is Like Sunday
8- Speedway
9- You’re The One For Me, Fatty
10- I Will See You In Far Off Places
11- Meat Is Murder
12- Ouija Board, Ouija Board
13- I Know It’s Over
14- Let Me Kiss You
15- There Is A Light That Never Goes Out
16- I’m Throwing My Arms Around Paris
17- Please, Please, Please Let Me Get What I Want
18- How Soon Is Now?
Bis
19- One Day Goodbye Will Be Farewell
A Abertura ficou por conta da cantora Kristeen Young que não decepcionou com seu som Eletrônico Alternativo. A americana já é figura garantida em shows do Morrissey, acompanhando-o em suas ultimas duas turnês. Com um show minimalista, acompanhada apenas por teclados e programações eletrônicas, Kristeen arrancou muitos aplausos do público.
Fotos por Letícia Aido, clique aqui para conhecer outros trabalhos da fotógrafa.
0 comentários:
Postar um comentário