Crítica: Os Vingadores


Tudo começou cerca de quatro anos atrás, na sala de estar de Tony Stark, com o espião-fodão-caolho Nick Fury (causando uma enorme surpresa por ser interpretado por Samuel L. Jackson, tendo em vista que o personagem clássico das HQs é branco), aparecendo e convocando-o para uma tal de Iniciativa Vingadores, no minuto pós-créditos de Homem de Ferro. Passou o tempo, tivemos mais três filmes – Homem de Ferro 2, O Incrível Hulk e Thor – cada com mais peças do quebra cabeças nas cenas depois dos créditos, culminando no trailer de Os Vingadores no final de Capitão América: O Primeiro Vingador, em 2011. Essa jogada da Marvel Studios foi inteligentíssima, pois tanto os fãs dos heróis pelas HQs quanto os fãs dos heróis somente pelos filmes ficaram instigados para assistir Os Vingadores. Uma sacada tão boa quanto os virais de Batman: O Cavaleiro das Trevas.

O filme foi lançado, nessa sexta, dia 27 de abril de 2012. Assisti no primeiro minuto do dia para fugir de possíveis spoilers. A expectativa em torno de Os Vingadores estava fora do normal, pelo fato da Marvel ter apresentado cada herói em cada filme de uma maneira bem respeitosa com a essência do personagem nos quadrinhos e, ao mesmo tempo, adaptando essa essência para um filme, introduzindo a origem do herói, sua motivação e, como não poderia faltar, a ação.

Eu, antes de assistir ao filme, já esperava comparações com Batman: O Cavaleiro das Trevas, entretanto, não é cabível. Os dois filmes são excelentes, cada um por seu mérito. Então, vamos ficar sem comparações por aqui.

A palavra chave para o sucesso do filme é equilíbrio. Quem esperava um "Homem de Ferro 3" se enganou feio (e provavelmente, com um sorriso no rosto). Joss Whedon fez um trabalho de mestre, criando uma atmosfera coerente, sem entradas forçadas ou participações desnecessárias. Todos os personagens são importantes. Até mesmo Maria Hill e o Agente Coulson. A história, em resumo é a seguinte: a S.H.I.E.L.D. está com uma poderosa fonte de energia chamada Tesseract, que foi resgatada do fundo do mar por Howard Stark, em Capitão América. O Tesseract serve como uma chave para abrir portais para outros mundos. Loki faz um pacto com uma raça de alienígenas que está disposta a ajuda-lo a conquistar a Terra em troca do Tesseract. Loki invade a S.H.I.E.L.D. e rouba o item. Nessa de roubar o item, Loki também encanta o cientista Dr. Selvig, que apareceu em Thor e o Gavião Arqueiro. Vale pontuar que essa de enfeitiçar o Gavião foi uma ótima jogada para dar utilidade a ele e mostrar suas habilidades, sem deixá-lo como coadjuvante, além de dar uma motivação pessoal para Viúva Negra entrar na história.

Para o Capitão América, herói nato, salvar o mundo é sua missão. Tony Stark reluta com aquele papo de que é individualista, não sabe trabalhar em grupo, mas acaba se propondo em ajudar a resgatar o item. Dr. Bruce Banner entra na história para rastrear a radiação gama do Tesseract. E Thor é mandado de volta por Odin pra Terra para levar seu irmão de volta para Asgard. Pronto, todos tem uma razão de existir no filme!

Loki é um vilão carismático, você gosta dele, quer que ele seja derrotado, mas gosta dele! Muito por culpa da interpretação indefectível de Tom Hiddleton, que rouba a cena dando vida ao asgardiano. Senti tanto Chris Hemsworth, como Thor, quanto Chris Evans, como Capitão, mais a vontade nos papéis do que nos seus próprios filmes. Downey Jr. nasceu para fazer essa versão do Homem de Ferro e estava tão bom quanto nos filmes anteriores... aliás, eu diria que ele até está bem mais sarcástico devido a sua interação com outros protagonistas. Scarlett Johansson é linda e perfeita. Ela podia fazer o Nick Fury que eu não conseguiria criticá-la. Jeremy Renner é um ator muito competente, faz muitos personagens agentes/militares e, por isso, fazer o Gavião Arqueiro foi fácil pra ele.

Agora, Bruce Banner... é fato que todo mundo queria ver o Edward Norton revivendo o cientista e quando o cara se negou a participar de Os Vingadores muita gente ficou triste. Quando anunciaram Mark Ruffalo no lugar, ficou aquela dúvida se o cara era bom o suficiente para substituir o Grande Edward Norton. Eu confiei no Ruffalo, gosto dos trabalhos dele e agora, posso dizer, o cara foi muito bem. Ouso dizer, superou o Ed Norton no papel. Além disso, o Hulk tinha as feições do ator e essa semelhança tornava mais fácil aceitar o gigante verde computadorizado como sendo o mesmo "calmo" Dr. Bruce Banner.

Como eu disse, o filme é totalmente equilibrado. Vale o ingresso 3D e IMAX, com direito a pipoca e refrigerantes grandes e ainda um chocolate.

P.S.: Tem cena depois dos créditos, portanto, não saia do cinema antes que alguém de olhos azuis sorria na tela!

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