Telekinesis Again?

Um post desabafo sobre adaptações/remakes que nasceu depois de ver o novo Teaser do Remake de Carrie

O Caçador de Álbuns

Eu penso assim: Se eu for para a Inglaterra e alguém me perguntar se eu prefiro ver a Abadia de Westminster ou Abbey Road, eu escolheria Abbey Road

Tin Man - Uma Outra Estrada de Tijolos Amarelos

Que tal uma série que teve três episódios (!) e trouxe a linda da Zooey Deschanel como protagonista? Estou falando de Tin Man, uma releitura moderna dos incríveis contos d’O Mágico de Oz...

Port of Morrow do The Shins e sua psicodelia rock folk indie alternativo

James Mercer conseguiu captar o mais belo de sua essência e nos presenciou com essa obra folk indie alternativa para guardarmos na estante ao lado dos grandes discos de todos os tempos.

Um Indie na Erótica DDK

Imagina um rapaz que só ouve Indie rock, Folk e MPB. Imagina que ele não vai a uma “balada” a uns 3 anos. Sua vida se resume a shows, cinemas e livros. Agora que tal pegar esse rapaz e colocar em uma das festas undergrounds mais famosas do Brasil?

Los Hermanos: Como Descrever o Indescritível?


Eu moro no Rio de Janeiro e sou fã da banda Los Hermanos faz tempo, mas nunca consegui ir a um show. Quando comecei a me interessar em shows e resolvi encarar um show da banda, eles entraram em hiatus... #TodosChora.
Tudo bem, tinha prometido a mim mesmo ir no próximo show que a banda fizesse, e quando anunciaram que eles tocariam no Just-A-Fest, em 2009, abrindo para o Radiohead, eu pirei! A vontade era enorme, mas infelizmente os ingressos estavam muito caros pra eu ir na época. No ano seguinte, fizeram uma mini-turnê pelo Nordeste e foram ao SWU, em São Paulo, mas ainda assim era tudo muito custoso pra mim. Durante o ano de 2011 eles não fizeram shows. Camelo lançou o álbum Toque Dela e o Barba encabeçou uma sequência de ótimos shows para comemorar os 10 anos do Bloco do Eu Sozinho, onde eu pude provar o gostinho do que era um show dos barbudos. Foi aí que, no finalzinho do ano passado, divulgaram uma turnê comemorativa dos 15 anos da banda, e o primeiro show da nova turnê seria em Pernambuco, no festival Abril Pro Rock.


Ontem, dia 20 de abril, cheguei no Chevrolet Hall para assistir o Festival na divisa entre Recife e Olinda. Achei o lugar quente, muito quente! Estava cheio, mas sem muito aperto. Perdi o show da banda que ganhou o Bis Pro Rock. Perdi também o do Tibério (que até cantou até Mula Manca!), mas consegui assistir o show da Banda Mais Bonita da Cidade (eles até que são esforçados). Todos agiram como coadjuvantes da noite, porque Los Hermanos era o headline do dia! Aliás, digo mais, Los Hermanos era o headline do Festival!

Esperei ansiosamente, até que meia noite, subiram ao palco Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Bruno Medina e Rodrigo Barba, abrindo o show com Além Do Que Se Vê e uma mais uma toada de hits! Eu pensei que o mundo fosse acabar e que todo o Chevrolet Hall fosse vir abaixo, só que o lugar permaneceu cheio de gente, mas ainda assim tranquilo para circular, pular e estender os braços, cantando bem alto em todos os refrões! Poderia colocar aqui milhares de adjetivos positivos quanto ao que se passou a partir desse momento, ou então, escrever tecnicamente sobre o show que presenciei... Nenhuma das formas seriam capazes de transmitir tudo o que senti. A banda estava num entrosamento ótimo, tanto musicalmente quanto no quesito presença de palco. Amarante é meu ídolo, fez um show foda, mesmo bêbado e enrolando refrões! Barba variando entre os sorrisos de felicidade e as "caras de mau" na batera. Camelo animadão, esbanjando simpatia! E o Medina... é, ele também foi bem (rs)

Minhas ressalvas ao setlist são à Acostumar e Mais Tarde, da carreira solo de Camelo, pois acho que poderiam ter dado lugar à músicas da banda, como Azedume ou Fingi Na Hora Rir... da mesma forma que as novas músicas cantadas pelo Amarante foram igualmente "desnecessárias" para um show do Los Hermanos. Não obstante, o show valeu totalmente a pena! Conversa de Botas Batidas e Último Romance fecharam a primeira parte do show. A banda se retirou naquele charmoso ritual que precede o bis... E que Bis! Foi uma sequência de músicas que não deve ser ouvida em muitos anos: Quem Sabe, Tenha Dó, Descoberta e Pierrot (com a introdução de Vassourinhas)!

Em síntese, o show foi memorável! O meu primeiro show do Los Hermanos foi épico! E não posso me esquecer que daqui a pouco mais de um mês será o segundo, na minha terra natal!

Sem mais delongas, me despeço!
Até a próxima.

Los Hermanos Setlist Chevrolet Hall, Recife, Brazil 2012

Norah Jones's "... Little Broken Hearts" vazou!



Semanas atrás escrevi um pouco sobre Norah Jones e o que esperava de seu novo disco. Pois bem, o disco finalmente vazou, e hoje\"antionti"\amanhã, (não sei ao certo) pude comprar de graça por http.

Com pegadas eletrônicas em certas faixas, "...Little Broken Hearts", (que é produzido por Danger Mouse: Rome, Gnarls Barkley...) começa com "Good Morning", uma bela balada romântica, que, como o próprio título diz, é uma ótima maneira de acordar depois de uma noite de sono. Não é um dispertador paulera (tipo Master of Puppets) que te acorda e te leva direto ao pronto socorro; é um dispertador calmo, doce, que te acorda e te faz acreditar que vai ser outono durante todo o ano.

"Say Goodbye" é a seguinda faixa - e uma das melhores do disco. Quando ela canta "It's allright, it's ok. I don't need you anyway. You don't have tell the turh 'cause if you do i'll tell it too." Eu penso logo que ela está dando um chute em um imbecil que provavelmente deve ter sacaneado com ela em algum momento do passado. Afinal, QUEM sacanearia com um docinho daquele?

Um pouco adiante na mesma faixa ela canta" Well, it ain't easy stay in love if you can't tell lies, so i'll just have to take care about and say goodbye." Então fica claro que o imbecil acima deve ter pisado feio na bola com o docinho de lábios carnudos.

"Little Broken Hearts" é a próxima faixa do disco. Não chega a ser uma balada, mas é algo muito próximo disso. Talvez um pouco obscura, não dizer ao certo. Mas sei que é ótima. Em certo momento ela canta algo como "And then i found a way to sleep side by side". Talvez essa música tenha sido escrita antes daquele imbecil ter zoado com a cara dela. Da pra entender, né? Tipo, o cara tinha essa voz doce sussurrando ao pé do ouvido toda manhã, mas preferiu estragar tudo e ser o mané de "Say Goodbye".

Se a faixa "Little Broken Heart" é quase uma balada, "She's 22" é uma bela balada acompanhada de uma guitarra dedilhada. O começo dela lembra muito as músicas da Cat Power no começo de carreira - e isso é claro, é um ponto muito positivo.


Um pouco depois, aparece "Happy Pills", música gostosa de se ouvir, e novamente, uma indireta para o imbecil que sacaneou com ela em tempos antigos. Ela canta: "You broke this apart, so pick up your piece and go away from here. Please just let me go now, please just let me go. Would you please just let me go now?" Aqui podemos perceber que depois de ser chutado, o mané provavelmente está se rastejando atrás da bela moça, e tentando continuar a amizade: "Never said we'd be friends, trying to keep myself away from you, 'cause you're bad, bad news." Mas ela não quer nada com ele, ela só quer tomar comprimidos da felicidade e ficar de boa.

O disco tem 12 faixas, uma melhor que a outra, mas quando soube da parceria dela com o Danger Mouse, imaginei que o disco seria algo mais pop eletrônico, com sintetizadores e toques dos anos 80, mas, graças ao bom Deus, eu estava enganado, e o disco me pareceu um pouco introspectivo; mas não o introspectivo já conhecido das canções de new jazz de Norah Jones, e sim, um introspectivo mais animado(?).

faixas:

01. Good Morning
02. Say Goodbye
03. Little Broken Hearts
04. She’s 22
05. Take It Back
06. After The Fall
07. Broken Hearts
08. Travelin’ On
09. Out On The Road
10. Happy Pills
11. Miriam
12. All A Dream

O disco chega às lojas em 1º de maio. O lançamento será acompanhado de uma grande turnê, uma vez que 2012 também marca o aniversário de 10 anos de seu disco de estreia, Come Away With Me, premiado como Álbum do Ano no Grammy de 2003.

Vazou Blunderbuss, disco solo de Jack White.


Tive a oportunidade de ouvir o 1º disco solo de Jack White (ex- White Stripes, e eventualmente membro de Rome, Dead Weather, Raconteurs, Marvin Gaye, Frank Sinatra, Beatles, Otis Redding, Nirvana e possivelmente - talvez não, por falta de tempo - Catinguelê). Aliás, esse sujeito tem um talento tão grande, que, não é de se estranhar que ele seja um dos membros mortos do Lynyrd Skynyrd.

O disco batizado de Blunderbuss possui 13 faixas completamente "Jackwhiteanas". Sempre presente em seu trabalho, as guitarras extremamente sujas em algumas faixas lembram Dead Weather, outras lembram o bom e velho White Stripes. Em certo momento (Trash Tongue Talker), um piano rockabilly, que bem nos moldes de Little Richards, aparece no disco. Por falar em piano, é com um piano elétrico que bebe na fonte do fusion de Chick Corea que "Missing Pieces" abre o disco. O começo da faixa lembra muito a fase fusion do Jazz, mas assim que Jack White solta a voz, o ambiente fusion desaparece e entra em cena a guitarrinha possuída.

Guitarrinha...
Sim, a guitarrinha na intro de "Sixteen Saltines" chega a arrepiar os desavisados - e os avisados. O incrível dessa faixa, e de várias outras da carreira do guitarrista\cantor\capoeirista\vendedor de pipocas... Ah, esqueci o que ia falar... Ah, é verdade, o incrível é que os solos são irritantes de um modo positivo, saca? Vocês podem perguntar whattahell isso quer dizer. Explicarei: Irritante de um modo positivo é algo parecido com o Piano em "Light My Fire", ou aquela porra de órgão\sanfona\porco sendo morto em "It's a Long Way to The Top". Entenderam? Isso é ser irritante de um modo positivo.

Em "Love Interruption", Jack White - que nas horas vagas provavelmente deve ser o mecânico do bairro -, deixa de lado o rock e aparece com uma balada folk acompanhada de uma backing vocal que lembra muito aquela maravilha junkie chamada Alison Mosshart (provavelmente não é). Seguindo essa linha meio folk, meio Country, meio Alan "And I'll try To love only you And I'll try My best to be true Oh darling, I'll try..." Jackson, chega a faixa que deu nome ao disco; "Blunderbuss" é uma ótima baladinha chorosa que é acompanhada de um violino e um piano.


Em certo momento, aparece "I'm Shakin'". Música animada - e até dançante. Novamente, um backing vocal feminino faz a música ficar ainda melhor. Arrisco dizer que ao lado de "Sixteen Saltines" é a melhor do disco.

Fellas, não vou falar sobre cada uma das faixas porque isso é chato pra caralho, mas a dica é essa. O disco solo de Jack White ficou muito bom! De 0 a 10, minha nota seria 9 (ou 10, vai).

Aproveitem que o disco vazou e comprem gratuitamente por torrent ou http (ou comprem de verdade).

Confira as faixas:

1. Missing Pieces
2. Sixteen Saltines
3. Freedom at 21
4. Love Interruption
5. Blunderbuss
6. Hypocritical Kiss
7. Weep Themselves to Sleep
8. I’m Shakin’
9. Trash Tongue Talker
10. Hip (Eponymous) Poor Boy
11. I Guess I Should Go to Sleep
12. On And On And On
13. Take Me With You When You Go


Gogol Bordello e sua dança cosmopolita no Lollapalooza (+Vídeo Completo do Show)

Gogol Bordello e sua dança cosmopolita no Lollapalooza (+Vídeo Completo do Show)

"Você precisa assistir! Mesmo sem conhecer nada da banda, será um dos melhores shows de sua vida." Com essa frase o Marcos Xi  me convenceu a dormir apenas 6 horas pra chegar a tempo de uma das experiências musicais mais absurdas e geniais que já tive. Meus pés doem até agora.

Liderado por Eugene Hutz, ucraniano apaixonado pelo Brasil e morador de Santa Tereza, bohemio bairro do Rio de Janeiro. Gogol Bordello é uma banda cosmopolita, formado por dois russos, um Israelita, um etíope, um trinitário, uma escocesa e (ufa) um equatoriano. Só faltou um Brasileiro, coisa que o Eugene afirma que já quase aconteceu.


O horário estranho, a falta de conhecimento do público e o calor infernal não foram suficientes para impedir que a tal banda multiétnica encantasse e já na segunda música levasse todos ao delírio com rodas de pogo explodindo a cada momento. O Palco Butantã era numa área com chão de terra batida, o que foi especial para fazer a poeira levantar dando o toque final naquela dança cigana, pirata, punk e romena que levavam para todos.

A banda inteira estava insana e foi conseguindo levar o público a loucura, do inicio ao fim você via pessoas pulando, algo que só foi repetido no show do Arctic Monkeys. Você via cadernos voando, folhas sendo arremessadas, camisas sendo castigadas e para qualquer lado que olhasse tinham pessoas prontas para pular junto com você. A energia que emanava do palco transgredia todas as esferas cósmicas e contagiava todas as tribos. No fim aquilo era uma grande roda de amigos brincando e se divertindo.


Essa roda de amigos era o reflexo do que se via no palco, fosse o equatoriano Pedro com a camisa de gari do rio correndo de um lado pro outro e falando em belíssimo portunhol com o público, fosse o Eugene, sua garrafa de vinho (Sério, vinho naquele calor?) e suas performances caricatas ou fosse qualquer outro, estavam ali dando o seu melhor. Dando o máximo para aquele show. Queriam que notássemos que era importante para eles e conseguiram isso.

Queria explica a sensação que era estar ali, mas a experiência mais próxima que posso chegar é com a de uma roda de Copacabana num show do Móveis Coloniais de Acajú. Imagina aquilo durante uma hora? Esse foi o show do Gogol Bordello. Ao final, poderíamos ter ido embora, porque já estávamos satisfeitos com o Festival. Parabéns ao Lollapalooza que conseguiu mesclar muito bem os shows, ao ponto de às duas da tarde ter um show desse nível.


E no fim lá estava eu, cansado, acabado, suado, sem pernas, mas feliz. Por causa disso fui descansar no lado do palco Perry e tive o prazer de assistir o excelente show do duo brasileiro Killer On The Dancefloor, com direito até a Remix de Smell Like Teen Spirit, mais sobre esse e os outros shows do segundo dia do Lolla, volto a falar em outro texto. 

Por enquanto fiquem com o vídeo completo dessa dança cigana maluca da trupe do Gogol Bordello. Vale a pena ver e ficar com inveja de quem estava lá.


SETe.Lollapalooza [08/04]


SETe.Lollapalooza [07/04]

No ritmo do festival que vai embalar o final de semana de muitos, incluindo a equipe do No Fim do Universo, vemos um com um setlist por dia. 7 músicas para vocês sentirem inveja (ou não) de quem foi para São Paulo. Tentar mostra que o festival tem muito mais além do Foo Fighters e do Arctic Monkeys. Hoje teremos o post com o setlist do dia e amanhã tem mais.

Lembrando que durante a semana vamos trazer posts especiais com resenha dos shows, falar das bandas menos baladas e afins.

Gogol Bordello - Wonderlust King

Thievery Corporation - Heavens Gonna Burn Your Eyes

Friendly Fires - Paris

Manchester Orchestra - Simple Math

Foster The People - Helena Beat

Velhas Virgens - Abre essas pernas

Arctic Monkeys - Teddy Picker

Fiona Apple e seu tão aguardado disco.

Fiona Apple e seu tão aguardado disco.

Finalmente, depois de eternos 7 anos, a cantora Fiona Apple irá lançar seu 4º disco de estúdio. "The Idler Wheel is wiser than the Driver of the Screw, and Whipping Cords will serve you more than Ropes will ever do" é o nome do disco. O título enorme não assusta os fãs, pois seu 2º disco, lançado em 1999, também tem um título exagerado (When the Pawn Hits the Conflicts He Thinks Like a King).

Fiona Apple é conhecida por suas letras melancólicas e melodias muito bem feitas. O fato de ter sido estuprada aos 12 anos é talvez o grande responsável pelo teor de suas letras depressivas e sombrias. O crime deixou sérios danos em sua personalidade; durante anos sofreu de depressão, transtorno obsessivo compulsivo, e anorexia nervosa.


Com 16 anos de carreira (com direito a um Grammy aos 19 anos) e apenas 3 discos lançados, Fiona Apple é conhecida por seu enorme talento como compositora, e com sua voz rouca, arrasta milhões de fãs pelo mundo.

Influenciada por Joni Mitchell, Bob Dylan, Nina Simone, Patti Smith e Jeff Buckley, Fiona faz muita falta quando resolve passar longos anos sem lançar nada.


Pelo visto, Fiona gastou tantas palavras no título, que não conseguiu compor muitas faixas (10 apenas – ou será felizmente? Faço parte do grupo de pessoas que acha 10 faixas uma quantidade ideal em um disco). O aguardado disco tem lançamento previsto para 26 de Junho.

Capa:

Track list:
01. “Every Single Night”
02. “Daredevil”
03. “Valentine”
04. “Jonathan”
05. “Left Alone”
06. “Werewolf”
07. “Periphery”
08. “Regret”
09. “Anything We Want”
10. “Hot Knife”

SETe.Lollapalooza [07/04]

SETe.Lollapalooza [07/04]

No ritmo do festival que vai embalar o final de semana de muitos, incluindo a equipe do No Fim do Universo, vemos um com um setlist por dia. 7 músicas para vocês sentirem inveja (ou não) de quem foi para São Paulo. Tentar mostra que o festival tem muito mais além do Foo Fighters e do Arctic Monkeys. Hoje teremos o post com o setlist do dia e amanhã tem mais.

Lembrando que durante a semana vamos trazer posts especiais com resenha dos shows, falar das bandas menos baladas e afins.

Wander Wildner - Eu tenho uma camiseta escrita eu amo

Cage The Elephant - Always Something

Tipo Uísque - Eyes for eyes

Band of Horses - St. Augustine

TV On The Radio - Wolf Like Me

Joan Jett - Bad Reputation

Foo Fighters - Walk

Estreias da Semana [06/04 até 13/04]

Estreias da Semana [06/04 até 13/04]

No fim de semana do Lollapalooza, as estréias esfriam no cinema, a adaptação da história da Branca de Neve, que trás a linda da Julia Roberts no elenco é o grande blockbuster. Além dele temos o interessante Jovens Adultos, que já está na lista para ser feito a resenha, estreando em circuito alternativo. Fechando a lista temos o novo longa do Fernando Meireles, Xingu, que já no trailler mostra que veio para arrebentar!

Espelho, Espelho Meu (Mirror, Mirror, 2012)
E foi dada a largada para as estréias de filmes sobre a Branca de Neve! Aqueles clichês básicos, aonde os cineastas falam que vão tentar reinventar e no fim não fazem nada além. O filme, descrito como uma aventura cômica, começa com a madrasta de Branca de Neve matando o pai dela e destruindo o reino. A heroína precisa, então, se unir a sete anões dispostos a brigar para reclamar os seus direitos. É você sabea a história neah?. [Trailer]

Jovens Adultos (Young Adult)
Retrato de uma geração atual, ainda perdida na vida. Doida, psicótica, sem saúde, sem felicidade, insatisfeita, mimada e acima de tudo prepotente Vale também pela ótima trilha sonora.O filme conta a história de uma escritora de livros para jovens que utiliza um pseudônimo. Para realizar sonhos da época da escola, a autora planeja uma volta ao passado e reencontra amigos e tenta reatar um namoro da mesma época. [Trailer]

Xingu (2012)
XINGU é um filme-denúncia muito coerente e forte, que mostra como os índios sofreram no nosso Brasil. Vale a menção pela Fotografia bem produzida, nada haver aqueles filmecos nacionais que mais parecem uma novela nas telonas. Anos 1940. Três jovens irmãos decidem viver uma grande aventura. Alistam-se na Expedição Roncador-Xingu e partem numa missão desbravadora pelo Brasil Central. A saga começa com a travessia do Rio das Mortes e logo eles se tornam chefes da empreitada, envolvendo-se na defesa dos povos indígenas e de suas diversas culturas, registrando tudo num diário batizado de A Marcha para o Oeste. [Trailer]

O “Re-trato” e o reinvento

O “Re-trato” e o reinvento

Liberdade. Essa é a tônica das canções dos quatro álbuns dos Hermanos. A liberdade desde a forma de compor até a forma de chegar ao produto final, a música pronta. Sendo assim, o primeiro álbum da coletânea “Re-trato” não teria razão para ser totalmente fiel as versões originais.

Bandas e artistas de todo Brasil deram roupa nova às canções de Camelo, Amarante e Cia. Nenhum nome consagrado da música popular brasileira, porém, com gratas revelações da música. A Banda Mais Bonita da Cidade, a mesma que ficou conhecida com um avassalador e assombroso sucesso instantâneo com o clipe de “Oração” é um bom exemplo, a banda paranaense fez uma releitura de “Dois Barcos”. Os paulistas da banda Velhas Virgens, possivelmente é a banda com mais “bagagem” musical, por conta de seus 25 anos de estrada, e a eles coube gravar o maior ‘hit’ do Los Hermanos, a música que embalou o verão do ano 2000, “Anna Júlia”.




Também teve ex-integrante e músico de apoio participando. Nervoso e os Calmantes, banda do músico André Nervoso, fez sua versão “brega rock” de “A Flor”. Nervoso já tocou bateria nos rascunhos de formação do Los Hermanos, e fez alguns shows no ano de 1999 com a banda, durante um período de afastamento de Rodrigo Barba, por conta de uma hepatite. Nervoso foi também baterista das bandas Autoramas e Matanza. Do Amor, é o projeto de Gabriel Bubu, baixista de apoio do Los Hermanos, a banda fez uma versão que remete à lembranças do Carnaval de rua do Rio de Janeiro da música “Todo Carnaval tem seu fim”, a música é a primeira faixa da coletânea.

E “Retrato pra Iaiá”, num formato brit-pop? É num arranjo criativo, cheio de variáveis flutuantes carregado por uma voz doce da artista baiana Nana, que dá um timbre ‘soft’ na coletânea. Ainda pelo Nordeste, desta vez em Pernambuco, vem o Tibério Azul. A banda fez sua versão de “Deixa o Verão”, com um agradável sotaque carregado, o arranjo que lembra mais a versão da Mariana Aydar, feito com muito capricho e interpretação ímpar. Graveola e o Lixo Polifônico e a banda Gentileza trazem versões circenses para as músicas “Último Romance” e “Primavera”, respectivamente. Lindas releituras, partindo da compatibilidade com as letras das músicas e suas novas versões.




Falando em compatibilidade e de interpretação, o que dizer da versão de “Tá Bom”? O 5 a seco, banda que vem de São Paulo traz traços dramático para a letra de Marcelo Camelo. Umas das versões que mais surpreende é a de “Morena”, interpretada pelo músico brasiliense Tiago Iorc. Já se lê internet á fora que a versão desta música ficou até melhor que a dos próprios Hermanos.

A voz pode até parecer, mas não é a Roberta Sá, e sim a Estrela Leminski, acompanhada por Téo Ruiz, que gravaram “A Outra”, num arranjo bastante dançante, que circula pelos arredores do tango de forma bastante agradável.

Uma música que não foi ‘hit’ radiofônico, mas que é indispensável nos shows tanto do Los Hermanos, quanto nos shows solo do Camelo é “Além do que se vê”, e a responsabilidade de interpretar esse “hino” do Los Hermanos foi dos paulistas Cohen e Marcela, com uma versão que não ficou tão longe da original, quanto ao arranjo, mas com vozes alinhadas e afinadas do casal, com os timbres que leva a lembrança da parceria de Marisa Monte e Arnaldo Antunes.




Ainda em São Paulo, Pélico traz uma versão de “Condicional” numa versão com compasso diferente da música original. Mas, não falando de teoria musical, o músico trouxe uma excelente distribuição sonora á música. Quanto a música experimental, também teve espaço na coletânea, versões de difícil rotulação talvez seja a forma mais correta de expressar o  Quarto Negro e sua versão de “O Vento”, e Rafael Castro em “Onze Dias”, que trazem em suas versões  traços do New Wave dos anos 80. O mesmo dá pra se entender da versão de “Azedume”, por Fusile, que traz a versão em instrumental, tocando a melodia da letra no saxofone.


Meu top 3 desta coletânea ficou com:
1. Morena, por Tiago Iorc
2. Retrato pra Iaiá, por Nana
3. A Flor, por Nervoso e os Calmantes

O segundo álbum sai no próximo dia 18 de abril.

Ainda não ouviu a coletânea “Re-trato”? Ficou curioso? Faça o download do disco: http://www.amusicoteca.com.br/?p=6290

Norah Jones: ...Little Broken Hearts

Norah Jones: Uma eterna camaleoa.

Depois de muito tempo, finalmente Norah Jones está com cd novo para 2012. Filha de Ravi Shankar, lendário tocador de cítara indiana (e um dos grandes responsáveis em fazer o guitarrista George Harrison experimentar a musicalidade indiana em seus discos. A amizade foi tão grande, que Harrison, no leito de morte, pediu para que chamassem Ravi para tocar cítara em seu quarto de hospital). Dona de uma voz doce – e uma boca extremamente carnuda e sexy -, Norah possui no currículo mais de 10 prêmios Grammy e grandes fãs famosos; Keith Richards, Ray Charles, e Herbie Hancock são apenas alguns.

Fortemente influenciada por Etta James, Sarah Vaughan, Nina Simone, Carole King, Billie Holiday, Hank Williams, Bill Evans, Diana Krall e Elton John, Norah Jones é um verdadeiro camaleão do chamado New-Jazz. Depois de um disco de estréia (2002 Come Away With Me) extremamente prêmiado e influenciado pelos gênios do Jazz, ela resolveu partir para os projetos parelelos, e montou o The Little Willies, que fazia covers de Willie Nelson, Hank Williams e Kris Kristofferson. Em 2004, abandona o Jazz-Piano\Soul-Folk e volta com Feels Like Home, um disco influenciado pela música country, que em sua primeira semana vendeu 1 milhão e 900 mil, além de ter sido o 2º disco mais vendido no ano com 8 milhões de cópias, venceu outro Grammy na categoria de Melhor Performance Feminina com o single Sunrise.


Chegou 2007, e com ele, Norah faz sua estréia no cinema (como protagonista) no 1º filme em inglês (My Blueberry Nights) do grande cineasta Wong Kar Wai. O filme ainda conta com Rachel Weisz (Ahh, Weisz...), Natalie Portman (Ahh, Portman...) Jude Law e Cat Power. Norah ainda deu o ar da graça na trilha sonora do filme, que contava ainda com músicas de Cat Power e Neil Young.
Ainda em 2007, Norah volta com mais um disco de inéditas; o premiado Not Too Late, que já chegou em 1º lugar no top da Billboard (assim como os outros dois discos anteriores). Not Too Late mescla o Folk com Blues e um pouco do já conhecido Piano Jazz da cantora.

Em 2009, a ela surpreende ao abandonar o famoso piano-jazz e lança seu 4º disco de estúdio: The Fall. O disco foi um sucesso de público e crítica, porém é seu disco menos vendido na semana de estréia, "por causa da nova era da música." The Fall deixa o jazz um pouco de lado, e ao som de guitarras, mergulha um pouco no pop rock e no blues. Para a turnê de The Fall, Norah contou com músicos conhecidos pelo trabalho com Erykah Badu, All Green, Johnny Cash, Tom Waits e Elvis Costello.


Em meados de 2010, lança uma compilação chamada "... Featuring" (disco ouvido durante esse texto), que conta com a participação dela em músicas de artistas do calibre de Foo Fighters, Belle and Sebastian, Willie Nelson, Ray Charles e Ryan Adams (Sim, Ryan, e não Bryan Adams).

Com a chegada de 2011, Norah Jones faz mais uma parceria de sucesso. Junto com Jack White, Ela participa de um projeto chamado "Rome". Rome é um disco influenciado e inspirado nas trilhas sonoras de filmes italianos de faroeste, e foi produzido por Danger Mouse (Gnarls Barkley) e Daniele Luppi. Disparado o melhor disco de 2011 – em minha irrelevante opinião -, e é praticamente uma trilha sonora de faroeste. Uma das coisas que mais gosto de fazer, é sentar em uma das estradas empoeiradas do meu bairro e colocar Rome para rolar. No final de 2011 foi confirmado que um filme seria feito tendo como base a trilha sonora do disco. Que coisa legal, hein?


Finalmente, em 2012, Norah Jones avisa aos fãs que está terminando "...Little Broken Hearts", seu 5º álbum de estúdio. Esse disco foi produzido por Danger Mouse (produtor de Beck, Gnarls Barkley, e Black Keys) e ao que tudo indica é um disco experimental, com pegada eletrônica e um toque de pop.

Durante essa semana, Norah liberou 3 faixas de "...Little Broken Hearts" no youtube.

Travelin On

Say Goodbye

E Happy Pills

A capa do disco é fortemente inspirada no poster de Mudhoney, um dos poucos filmes "sérios" de Russ Meyer, lendário cineasta do Sexploitation. Compare as duas imagens abaixo:



O novo disco será lançado oficialmente em 1º de maio, mas vamos torcer para que esteja disponível em torrent semanas antes, né?

Track list: Norah Jones – Little Broken Hearts
01. Good Morning
02. Say Goodbye
03. Little Broken Hearts
04. She’s 22
05. Take It Back
06. After The Fall
07. 4 Broken Hearts
08. Travelin’ On
09. Out On The Road
10. Happy Pills
11. Miriam
12. All A Dream

Escute as faixas e conte para a galera do No fim do universo o que você achou, ok?

Até a próxima.