Telekinesis Again?

Um post desabafo sobre adaptações/remakes que nasceu depois de ver o novo Teaser do Remake de Carrie

O Caçador de Álbuns

Eu penso assim: Se eu for para a Inglaterra e alguém me perguntar se eu prefiro ver a Abadia de Westminster ou Abbey Road, eu escolheria Abbey Road

Tin Man - Uma Outra Estrada de Tijolos Amarelos

Que tal uma série que teve três episódios (!) e trouxe a linda da Zooey Deschanel como protagonista? Estou falando de Tin Man, uma releitura moderna dos incríveis contos d’O Mágico de Oz...

Port of Morrow do The Shins e sua psicodelia rock folk indie alternativo

James Mercer conseguiu captar o mais belo de sua essência e nos presenciou com essa obra folk indie alternativa para guardarmos na estante ao lado dos grandes discos de todos os tempos.

Um Indie na Erótica DDK

Imagina um rapaz que só ouve Indie rock, Folk e MPB. Imagina que ele não vai a uma “balada” a uns 3 anos. Sua vida se resume a shows, cinemas e livros. Agora que tal pegar esse rapaz e colocar em uma das festas undergrounds mais famosas do Brasil?

Uma ida ao Cinema De Lux

Uma ida ao Cinema De Lux

Fui parar na Barra da Tijuca (RJ), às 22h de um sábado, para tentar pegar uma das últimas sessões que ainda passavam A Invenção de Hugo Cabret. Chegando lá, o susto: o ingresso inteiro custava R$ 55,00 ! Com o nome de um tal UCI De Lux, me lembrei que era o tal cinema de luxo com camas no lugar das cadeiras! Já estava lá, queria ver o filme e liguei o foda-se para o valor. Algo me dizia que Hugo valia todo esse esforço. E não é que valeu?

Primeiro vamos lá explicar porque só fui ver o Hugo sábado passado, tudo dava errado, esquecia os óculos, não passava no cinema ia ver, não queria ver dublado ou sem ser 3D, ou, por fim, as sessões estavam lotadas. E cada semana que passava meu medo em deixar passar aumentava, a idéia de ter que ver na tela do meu computador me deixava cabisbaixo.

E chegou o momento que só tinha sessão legandado e 3D num dos maiores cinemas do Brasil, o UCI do New York City Center. Chegando lá, como já disse, o susto: a sessão era 55 reais a inteira! Quase o preço de uma rapariga num inferninho por ae, pra ficar o mesmo tempo de uma sessão. Não que já tenha ido, apenas me contaram.


Já na bilheteria, exclusiva, dava pra notar o que vinha pela frente, mas nem me toquei, o clima era algo “de lux”. Mas na hora que cheguei no espaço exclusivo aonde ficam as salas o susto: Um longue com garçons que levam o seu pedido na sala, um lindo bar, cardápio diferenciado,  pessoas comendo pipoca com chaldon.

Pausa


Sério, Pipoca com toque de azeites aromáticos e Chaldon?! Não gente, isso não rola! Me vê por favor uma pipoca com um toque de manteiga e sal e uma Coca.

Voltando, na sala a constatação que não eram bancos e sim camas de couro, é fácil se acostumar com esse conceito, ir ao cinema, deitar e ver um filmezinho, com a moça trazendo mais um refil de refri para você. Um travesseiro a mais. É algo que conquista, juro que depois de viver a experiência De Lux, acho o valor válido, pelo menos o de meia.

Há, e o filme? Incrível, um dos melhores 3D’s que já vi, talvez tenha ajudado a tecnologia 4K que são usado nesses complexos. Comovente de uma forma tão única, queria q não terminasse e ficasse ali para sempre.

Clique na foto e veja a sala em alta resolução. 

No Brasil, o conceito de Cinema de Luxo surgiu no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, praça que detém a maior quantidade de salas diferenciadas. O primeiro modelo foi inaugurado pelo Cinemark, que lançou o Bradesco Prime por meio de uma parceria com o banco.

O UCI De Lux foi inaugurado em novembro do ano passado, com duas salas. Assim como as outras redes, a maior preocupação é em oferecer o serviço diferenciado desde a entrada no cinema. Como destaque, no UCI os caminhos até a sala de exibição são todos exclusivos, com elevadores e escadas rolantes separados da área comum. Para reforçar a questão do atendimento, a brigada de funcionários da empresa passou por uma série de treinamentos, por exemplo, sobre como abrir o espumante na frente do cliente. Com apenas três meses de funcionamento, a iniciativa já colhe frutos. O UCI De Lux tem um total de 190 assentos dentro do universo dos 4,5 mil que compõem todas as salas da rede e ocupação média de 40%, contando todos os dias da semana, enquanto a do complexo inteiro é de 30%. No fim de semana, as entradas esgotam cedo.

E para finalizar o post, vale a pena ver esse "infográfico" que saiu na Veja:

Estreias da Semana [30/03 até 06/04]

Estreias da Semana [23/03]

E fechando o verão junto com as águas de março, temos nada menos que SETE estreias essa semana, com escolhas para todos os gostos. De Blockbuster americano, passando por filme brasileiro em preto e branco e até mesmo um filme de 2009 do argentino Darín. Não me venham com desculpas que não tem o que ver no cinema, se for levar a criançada tem adaptação de livro do Dr. Seuss, ou se procura algo mais adulto, Um Metodo Perigoso com a Keira levando umas palmadas (!) e o Beleza Adormecida, que digo que precisamo ler a sinopse!

Fúria de Titãs 2 (Wrath of the Titans, 2012)
Então, o Sweet Dreams no trailler foi bem legal.  Mas é aquilo, vem na leva de filmes com efeitos especiais fodas mas com uma história mal desenvolvida. Será preciso torcer que seja melhor que o primeiro. Com toda a pompa de ser o blockbuster do fim de semana e lá vamos para a história: Quando Hades e Ares fazem um trato fdp com Cronos para capturar Zeus. Perseu não pode mais ignorar o que está acontecendo. O poder motherfuck dos titãs aumenta à medida em que Zeus perde os seus, e o inferno do Tártaro, onde os titãs eram mantido preso, periga se alastrar pela Terra. Então resta ao Perseu e seus amigos invadir o submundo nessa grande aventura para resgatar Zeus e salvar o mundo das cáries. [Trailer]

O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida (Dr. Seuss’ The Lorax, 2012)
Só eu que tenho vontade de bater nessa criatura? Mesmo sendo uma adaptação de uma obra do Dr. Seuss, tem tudo para ser chaaato. Mas é a melhor pedida para levar seu sobrinho, afilhado ou filho.  Um rapaz procura algo que possa fazer ele conquistar a afeição da garota dos seus sonhos (o que todos buscamos neah?), mas para encontrar tal coisa, ele precisa descobrir a história do Lorax, a criatura feio que tenho vontade de bater,  que luta para proteger seu mundo, e tem o eterno poder da esperança (borring). [Trailer]

Um Método Perigoso (A Dangerous Method, 2012)
Entre, tapas, palmadas, maluquice, sexo e Freud estreia, finalmente, o longa Um Método Perigoso, eu já falei que a Keira Knigthley leva boas palmadas? Então, precisa de outro motivo para ir ver o longa?  O jovem psicanalista Carl Jung começa um tratamento inovador na histérica e gata Sabina Spielrein sob orientação de seu mestre, Sigmund Freud. Disposto a penetrar mais afundo nos mistérios da mente humana (e na paciente), Jung verá algumas de suas ideias se chocarem com as teorias de Freud ao mesmo tempo em que se entrega a um romance alucinante (aí a idéia de penetrar novamente) e perigoso com a bela Sabina. [Trailer]

Heleno (Heleno, 2012)
Ahh um filme sobre um cara bom de bola, pegador nos tempos áureos do Rio de Janeiro preto e branco. Fica a menção para a fotografia que parece ser linda. O longa vai contar a trajetória de Heleno de Freitas, jogador de futebol. Heleno (1920/1959) foi um dos grandes nomes que vestiram a camisa do Botafogo. O jogador, ao mesmo tempo em que apresentava talento nos gramados, exibia charme na noite carioca e impunha polêmica no atrito com adversários. Produção inspirada no livro “Nunca houve um homem como Heleno”, do jornalista Marcos Eduardo Neves. [Trailer]

Beleza Adormecida (Sleeping Beauty, 2011)
Lucy, como boa estudante universitária que não é filhinha de papai, precisa trabalhar pra pagar as contas. Ela acaba aceitando um emprego em que serve jantares vestindo só lingerie. Mas logo lhe é oferecido algo mais rentável: Ser sedada para servir às fantasias eróticas de homens mais velhos. Ela não faz ideia do que eles fazem, mas é uma curiosa do caralho e acaba escondendo uma câmera no quarto onde “trabalha”. [Trailer]

A Dançarina e o Ladrão (El baile de la Victoria, 2009)
“Darín é Darín neah?” já diria Ronaldinho Gaucho, precisamos de outro motivo para ver o longa? Com a chegada da democracia, o presidente do Chile decreta uma anistia geral para todos os presos sem delito com sangue. O jovem Ángel Santiago é um deles, mas agora ele está decidido a se vingar dos abusos sexuais que sofreu no cárcere. Além disso, ele planeja um ambicioso e arriscado assalto; para tanto terá de contar com a ajuda de Nicolás Vergara Grey ,  um famoso ladrão de bancos que evita tal reputação porque busca reconquistar sua família. O plano parece perfeito, mas tudo se complica quando entra na história a bela Victoria, uma misteriosa bailarina cujos pais foram assassinados pela ditadura de Pinochet. [Trailer]

A Novela das 8 (A Novela das 8, 2012)
Então, por qual motivo irei ao cinema para ver um filme sobre Novelas já que não assisto nem de graça em casa? A Novela das Oito conta a história de um grupo de pessoas que vive entrelaçado no auge da década de 70 com toda sua efervescência cultural, tendo como pano de fundo a Ditadura Militar. [Trailer]

Raul, o inicio, o fim (politicamente correto) e o meio

Raul, o inicio, o fim (politicamente correto) e o meio

Falar sobre um dos maiores ícones do rock nacional não é fácil, talvez por isso foi necessário 20 anos para sair um documentário completo sobre sua vida. Raul, o inicio, o fim e o meio, documentário sobre vida e obra do maior ícone do rock brasileiro, tenta desvendar suas diversas facetas, suas parcerias, como a com o Paulo Coelho, seus casamentos e seus fãs, que ele continua a mobilizar 20 anos depois de sua morte.

Com um excelente trabalho de pesquisa feita pela produção, conseguem ir a fundo a cada detalhe de sua vida. Nos levam a infância de Raulzito, a formação da Sociedade Alternativa e junção entre os estilos de Luiz Gonzaga e Elvis Presley, a criação de seu Raulseixismo e tudo mais. É o principal destaque da obra..


O Documentário possui excelentes (e estranhos, sério Kika Seixas, não dê mais entrevistas) depoimentos de quatro das cinco ex-companheiras do cantor (a primeira, Edith, só participa por meio de uma carta, lida pela filha dos dois, Simone), além de mostrar o lado família de Raulzito, com abordagens de suas três filhas e de um neto.

Como comentei, Walter Carvalho consegue um primor em material, nos trazendo um misto perfeito de cada pedaço da vida de Raul. O Problema foi quando ele tenta ser politicamente correto, na forma que tentam nos mostrar o lado profissional, o envolvimento dele com drogas, com o satanismo e principalmente os últimos momentos de sua vida.


Fiquei positivamente surpreso com a forma que os entrevistados tratavam as drogas, há depoimentos verdadeiros de como aquilo era normal na época, o que mostra o excelente trabalho do Walter, porém já nessa parte começa uma ideia desnecessária em ser politicamente correto. Essa necessidade em ser certo, fica claro quando tocam no Satanismo, mostra a religião de uma forma idiota, pastelona e caricata. Era algo que o próprio Raul acreditava, num documentário sobre ele, era preciso ter mais respeito com o que as crenças do mestre. É que nem fazer um documentário sobre o Cazuza ou o Renato Russo e ser caricato na hora de focar seu homossexualismo.

Esse erro de ser politicamente correto continua no bloco final, na hora de mostrar os últimos meses de Raul, há uma tentativa de gerar intriga, sobre se o Marcelo Nova usou ou não o Raul para galgar o sucesso, há um excessivo apego familiar nessa parte, coisa que o Raulzito nunca teve, o próprio documentário mostra isso .


Ficamos com aquela sensação de que preferiam que ele morresse trancado em casa (como ele quase morreu dois anos antes) do que fazendo shows! Ele foi aplaudido por 20 mil pessoas dois dias antes de sua morte, sendo que um ano antes estava esquecido pelo Brasil.

Por causa dessa inversão de valores no documentário, não conseguem nos levar ao ápice da emoção na sua morte. Achar que talvez era melhor ele não fazer 50 shows em 9 meses e ficar em casa para viver mais tempo é ir contra a tudo que ele pensou. Fazer o que tu queres, há de ser tudo da lei.


Raul Seixas - O Início, o Fim e o Meio
(Raul Seixas - O Início, o Fim e o Meio, 2012) 
Drama - 100 min.
Origem: Brasil
Direção: Walter Carvalho e Evaldo Mocarzel
Roteiro: Walter Carvalho
Elenco Principal: Depoimentos de Paulo Coelho, Nelson Motta, Tom Zé, Pedro Bial e Caetano Veloso.
Censura: Livre
Trailer

Late Night Tales: Belle and Sebastian


A febre dos papertoys, – que começou na internet na forma de personagens famosos de desenhos, filmes e jogos, como Batman, Mário e Darth Vader – finalmente, chegou aos videoclipes. A banda pioneira em usar esses bonequinhos na arte dos clipes faz jus à adorabilidade da arte: Belle & Sebastian.


   

O incrível cover da música Crash, que na versão original é cantada pelo The Primitives, divulga a coletânea compilada pela banda para o projeto Late Night Tale. O projeto, que já está na 27ª edição, consiste em uma compilação de músicas, sob curadoria de uma banda, para se ouvir no fim de noite. Várias bandas já participaram do projeto, como The Flaming Lips, Nouvelle Vague, Snow Patrol, MGMT, e até mesmo o próprio Belle and Sebastian, em 2006.


Curioso que uma das música presentes na compilação da banda é Tudo Que Você Podia Ser, de Milton Nascimento e Lô Borges. Confiram as outras músicas que entraram na "mixtape" do Belle And Sebastian:


Broadcast – Ominous Cloud
The Wonder Who? – Watch The Flowers Grow
Joe Pass – A Time For Us
Mulatu Astatke – Yekermo Sew (A Man Of Experience And Wisdom)
Milton Nascimento & Lô Borges – Tudo Que Você Podia Ser
Marie Laforêt- Et Si Je t’aime
Bonnie Dobson – Bird Of Space
Dorothy Ashby – Soul Vibrations
McDonald And Giles – Tomorrow’s People
Gold Panda – Quitters Raga
Broadcast – Chord Simple
The Pop Group – Savage Sea
Stan Tracey Quartet – Starless And Bible Black
The Lovin Spoonful – Darlin Be Home Soon
Belle And Sebastian – Crash
Roland Vincent – L.S.D. Partie
Toro Y Moi – Still Sound
Ce’cile – Rude Bwoy Thug Life
Remember Remember – Scottish Widows
Trees – Streets Of Derry
Blood, Sweat & Tears – Spinning Wheel
Pete Shelley – Homosapien (Dub)
Steve Parks – Still Thinking Of You
David Behrman – On The Other Ocean
Paul Morley – Lost For Words


Divagando sobre Tarantino

Divagando sobre Tarantino

"Vou te contar o que 'Like A Virgin' quer dizer. É sobre uma mulher que fode com um cara que tem o pau muito grande. Ela fode dia e noite, é pau, pau, pau, pau, pau, pau, pau e pau. Um dia ela conhece um cara com um pau tão grande como o do John Holmes. Esse cara é como Charles Bronson em 'The Great Escape'. Ele vive cavando buracos nela, e agora ela está sentindo a ação de verdade. É dor, dor, dor, dor. Ele a machuca, mas não era para machucar, pois ela já fodeu com muitos caras. Mas este cara a faz sentir dor, muita dor, como se fosse virgem novamente (Like a Virgin)."

E é desse jeito que Tarantino começa seu primeiro filme! Cães de Aluguel foi um sucesso imediato. Uma tentativa de roubo que encontra problemas durante a operação. Cães de Aluguel é considerado um sucesso cult. Cult aliás, como toda a obra do diretor.


Tarantino ficou conhecido mundialmente pelo seu gosto por faroestes, filmes asiáticos e pés femininos - mas talvez seus melhores momentos são seus monólogos de abertura. Além do ótimo diálogo de abertura de Cães de Aluguel, quem não lembra da cena de abertura com os irmãos Gecko em Um Drinque no Inferno? Melhor, quem consegue esquecer o começo romântico e assassino de Pulp Fiction com o casal de ladrões apaixonados? Ou ainda melhor, a sequência de abertura de Bastardos Inglórios em que a pequena Shosanna consegue escapar depois de uma chuva de balas nazistas? Aposto que todos vocês ficaram esperando o disparo quando o Hans Landa aponta sua arma enquanto Shosanna corre pelos lindos campos verdes. Qual é, eu sei que todos esperavam um disparo.

Todos os filmes, SIM, todos os seus filmes são verdadeiras jornadas épicas, pois ao que parece, o cara é um verdadeiro workaholic, porque como podemos perceber, tudo que ele filma faz um enorme sucesso. Se por um lado, ele não filma todo ano como um Woody Allen da vida, por outro lado podemos sempre esperar uma obra de arte. Vamos relembrar um pouco seus filmes: Ele começou com Cães de Aluguel, um filme barato que se tornou um cult. Cenas engraçadas, violentas e completamente anormais.

O público deve ter pensado na época: Quem é esse filho da puta que eu seu primeiro filme tem como protagonista Harvey Keitel? Quem é esse cara que chega e conta um filme fora de ordem?
Então o povo deve ter pensado: O que será que ele vai fazer agora?
E o que foi que ele fez?


Ele surgiu com Samuel L. Jackson e Travolta (Que cabelo horrível, amigo), Uma Thurman, Bruce Willis, Christopher Walken , Harvey Keitel em um dos melhores filmes de ação\drama\suspense já feitos!
Novamente contado fora de ordem, Pulp Fiction tem momentos fora de série e inesquecíveis. Ou vai dizer que você não começa a dançar quando escuta Jack Rabbit Slims em qualquer lugar? Eu danço! E tem mais, sempre que ouço "Girl, You'll Be A Woman", começo a pensar em Uma Thurman dançando sensualmente com aquela blusa branca e aquela calça preta feia pra caralho.
E quando no começo do filme, Jules Winnfield atira em um dos filhas da puta no sofá e diz para o outro mané: "Oh I'm sorry, did I break your concentration?" e um pouco adiante, com essa sequência:

Jules: What country are you from?
Brett: What? What?
Jules: "What" ain't no country I've ever heard of. They speak English in What?
Brett: What?
Jules: English, motherfucker, do you speak it?
Brett: Yes! Yes!
Jules: Then you know what I'm sayin'!
Brett: Yes!
Jules: Describe what Marsellus Wallace looks like!
Brett: What?
Jules: Say 'what' again. Say 'what' again, I dare you, I double dare you motherfucker, say what one more Goddamn time!
[...]
Brett: He... he's black...
Jules: Go on...
Brett: He's bald
Jules: Does he look like a bitch?
Brett: What?

Essa cena é completamente badass, diz aí.

Pois bem, depois de Pulp Fiction, o cara já era um semi-Deus da violência. E então o que ele apronta? Ele volta com uma porra de filme fodão, que mistura samurais, faroeste e road movies. Uma Thurman reaparece como blond killer em busca de vingança, depois de ter sido espancada e quase morta pelo marido (David Carradine, que anos mais tarde foi se masturbar com uma corda no pescoço e acabou morrendo enforcado. Pobre senhor safado...). Bebendo na fonte de grandes mestres do cinema asiático, Kill Bill é uma grande homenagem aos grandes clássicos do gênero, como Lady Snowblood, Sexy and Fury, Assassin Shogun e Seven Samurai. Não poderia faltar também a influência do cinema italiano, onde temos toda a obra de Sergio Leone e Sergio Corbucci com seus faroestes aclamados por gerações de fãs. Afinal, se você não conhece Django, seu pai certamente conhece e é fã.

Bom, ele já fez filme sobre roubo, sobre samurais voadores e capangas que conversam sobre massagens nos pés. O que será que esse cara vai aprontar agora?


Simples, ele chama o amigo de velha data, o cowboy Robert Rodriguez, com quem participou (seja atuando, produzindo ou escrevendo) em ótimos filmes. Resultado: dois filmes lançados juntamente, porém, separados por trailers falsos de filmes B de terror. Planet Terror e Death Proof. Planet Terror, é dirigido por Rodriguez, e conta uma história de pessoas que são contaminadas por um certo gás e acabam virando zumbis. O filme é imperdível e contém cenas realmente performáticas; desde a dança sensual de Rose McGowan na abertura do filme, ou a sequência final onde ao perder uma das pernas, Rose McGowan usa uma metralhadora no lugar da perna perdida e sai distribuindo tiros. Passando também por Marley Shelton, uma sensual médica que é praticamente irmã gêmea da também sensual Heather Graham (Ohhh, American Woman + Riffs do Lenny Kravitz!). Já o segundo filme, chamado de Death Proof é dirigido por Tarantino e conta a história de um dublê, provavelmente de Road Movies B, que tem como passatempo matar mulheres bonitas com seu carro à prova de morte.
Pois bem, se o tal dublê (Kurt Russell, usando aqui um Mullets muito foda) mata mulheres bonitas e sexys, o filme precisava de mulheres bonitas e sexys. Problema resolvido com Rosario Dawson, Vanessa Ferlito, Rose McGowan, Sydney Poitier (não o lendário ator, e sim sua linda filha), Zoe Bell (a dublê de Uma Thurman em Kill Bill) e a sweet Mary Elizabeth Winstead.
Também influenciado por B Movies, Road Movies e os ótimos filmes de Exploitation, Sexploitation e Blaxploitation dos anos 70, Death Proof tem tudo que os homens gostam: Mulheres bonitas, carros antigos em cenas de arrepiar (uma delas, com mais de 20 minutos, e com direito a Zoe Bell em cima do carro), ótima trilha sonora e novamente: mulheres bonitas e sexys.


Novamente pergunto: e agora, Tarantino, o que você resolveu aprontar? Um drama? Uma comédia romântica? Não, você resolveu fazer o melhor filme de 2009! Brad Pitt é o líder de um grupo de matadores judeus que querem arrancar a cabeça da maior quantidade de nazis que encontrar. The FUCKIN' INGLORIOUS BASTERDS! Sim, ele veio com a sua amada vingança nos tempos do nazismo. Michael Fassbender (até então ninguém conhecia seu pênis), Diane Kruger, Christoph Waltz (venceu Oscar de melhor ator coadjuvante em 2010 por Bastardos Inglórios), e Mélanie Laurent (Ahhhhhh, Laurent) fizeram um filme único, com cenas violentas (como de costume), e sangue, muito sangue.

Novamente pergunto: E AGORA, Tarantino, o que falta para a sua filmografia? Um músical? Um filme de piratas? Não. Falta um autêntico Faroeste! Falta? Não. Não falta. Pois em dezembro, chega o melhor filme do ano: Django Unchained!
Tarantino certamente irá nos mostrar um filme com muita ação, sangue, MUITO sangue, poeira, tiros, MUITOS tiros e aquela trilha sonora que só ele sabe escolher. E o elenco? Quem será que Tarantino convocou para mais uma jornada de sangue, armas, poeira, vingança e muita, MUITA violência?
O elenco é o seguinte: Jamie Foxx, Leonardo DiCaprio, Christoph Waltz, Kerry Washington (Ahh, Kerry!), Samuel L. Jackson, Kurt Russell, Tom Savini e Joseph Gordon-Levitt. Além de quase ter os atores Kevin Costner, Will Smith (que preferiu fazer Homens de Preto) e Jonah Hill (Sim, o homem que mudou o jogo).

Agora é só esperar o dia 25 de dezembro e correr para os cinemas!
Ah, e o mais importante: Happy Birthday, Tarantino MotherFucker!

Ps: Aquele vídeo que todo fã de Tarantino já conhece, mas vale a pena a menção:

Aquecimento Lollapalooza: MGMT

Aquecimento Lollapalooza: MGMT

Ben Goldwasser e Andrew VanWyngarden formam a dupla do Brooklyn que, na época da universidade, um dia se conheceram e formaram o MGMT (uma abreviação de The Management). São bons músicos, pouca gente consegue ter tantos elogios em um EP de estréia como eles conseguiram com Time to Pretend (2005). O disco Oracular Spectacular, lançado em 2007, foi um verdadeiro sucesso com sua pegada, digamos, eletroindie. Sucesso que não se repetiu no disco seguinte: o não-tão-parabenizado-assim, Congratulations, de 2010. E, trazendo toda sua psicodelia indie-eletrônica (ou não), a banda vai se apresentar dia 8, no festival Lollapalooza, em São Paulo.


Enfim, a primeira vez que eu ouvi o som do MGMT foi na MTV, numa época em que eu ainda assistia televisão, estava passando um Top Top sobre bandas com estilos de se vestir bizarros e o MGMT estava entre os cabeças, e mostraram cenas do clipe de Time To Pretend. Fiquei pasmo, o clipe inteiro era uma parada altamente psicodélica: os caras se multiplicavam, num caleidoscópio louco! Muito bizarro! Até gostei da música, mas achei que o nome propício para a banda era LSD e não MGMT! Depois dessa experiência, não voltei a procurar a banda... Pelo menos, até ouvir Kids.

Kids é uma música que provavelmente qualquer freqüentador de festas alternativas já deve ter ouvido. Essa música, com seu tecladinho cativante, que me levou ao MGMT. Comprei o disco “Oracular Spectacular” no Megaupload por 45 segundos do meu dia e daí descobri que o barato que o MGMT dava era muito bom... era viciante!



Nada como misturar a pegada rock, psicodelia, uma voz arrastada e batidas eletrônicas. A banda mostra sua identidade já na excelente primeira música, Time To Pretend (aquela do clipe caleidoscópico), seguida por Weekend Wars, com sua intensidade crescente e descrescente. A terceira faixa é a lenta e bonita The Youth, que traz um convite aos jovens... à toda juventude... à mudança.

Na sequência... o excelente trio: Electric Feel, Kids e 4th Dimensional Transition. Pessoalmente, minhas favoritas da banda, abusando da vibe eletrônica e do indie rock! Na sétima faixa do disco, vem a menos psicodélica: Pieces Of What, que cai como um copo d’água depois de 6 shots de vodka.  É como se o MGMT parasse e dissesse: “Precisamos relaxar para o final do disco.”.

Dando início à rodada final, a ótima Of Moons, Birds & Monsters com um refrão empolgado, nos trazendo de volta à pegada eletrônica com um instrumental muito bom no final.  A penúltima música, The Handshake, é boa, mas demora para engatar. Pra fechar o disco com chave de ouro, Future Reflections, a música é praticamente sussurrada e no refrão explode mostrando o que a banda tem de melhor. O Oracular Spectacular é inteiramente bom na ordem. Mas você pode ouvi-lo de traz pra frente, ou até mesmo no shuffle, ele continua muito bom!

Já o segundo disco não tem tantas bons comentários... a ponto de ser injusto compará-lo com o primeiro. O MGMT escolheu reconstruir sua identidade, algo menos óbvio, mais imprevisível, e isso não agradou muito os fãs, nem a crítica. Então, podemos dizer que Congratulations é o disco de outro MGMT. E vendo como “o disco de estréia do novo MGMT”, podemos dizer que é um bom disco.


O álbum começa com uma das melhores, a rápida It’s Working , que com um começo que sempre me remete à surfe. A música que segue, Song For Dan Tracy, me lembra The Libertines, baixo, vocal rápido, o que não a torna ruim... pelo contrário. Flash Delirium, que tinha sido liberada primeiro pela banda na época do lançamento, também é ótima. Entretanto, o destaque do disco é Brian Eno, que tem uma pegada mais pop, mais um pop diferente do que víamos no Oracular Spectacular. A música que dá nome ao álbum também o encerra, Congratulations, com uma suavidade que confirma: a banda mudou. Os jovens psicodélicos-caleidoscópicos que misturavam rock e uma pegada eletro agora são músicos mais sérios, com músicas mais dentro de um novo padrão.

Congratulations foi como o MGMT sambou na cara do cenário indie. A ousadia deles em se reinventar logo no segundo disco, fazendo o contrário do que muitas bandas do mesmo gênero fazem, os tornam uma banda para qual devemos prestar atenção. Podem ter perdido muitos fãs superficiais que queriam ouvir o que esperavam ouvir, mas também creio que com essa manobra, eles conquistaram o respeito de muitos outros.


Enfim, a banda virá ao Brasil dia 8, para tocar no Lollapalooza, aquele festival que vai trazer o Foo Fighters, sabe? Se você ainda não os conhece, vá correndo procurar. E se você vai ao festival, esse é um dos shows que valerá muito a pena conferir!

P.S.: Queria deixar claro que é inegável que o Oracular Spectacular é melhor.
P.S.²: Os clipes da banda são ótimos, sempre!

Colando Posteres #5

Colando posters
Quando mais jovem, num mundo sem internet, minhas idas ao cinema tinham um atrativo além: ver os pôsteres de novos filmes e babar com o que estava vindo pela frente. Ali mesmo eu escolhia os filmes que iria juntar meu dinheirinho para ver na telona. Mas isso é passado! Atualmente, somos bombardeados com os pôsteres um minuto depois de suas divulgações, antes mesmo de serem impressos! Graças a nossa querida internet. E chegamos a nossa quinta edição com o objetivo de mostrar o que apareceu de novidade na área durante a semana.

(Clique nas imagens para vê-las em alta resolução)

Começando com o possível poster fake da continuação do X-Men Origens: Wolverine. Falso ou não, curti bastante, totalmente diferente do que se espera de um filme do gênero. As vezes falta criatividade e sair da mesmice e esse designer fez isso graciosamente, se eu fosse a Fox, contratava o rapaz. 

Uma ótima brincadeira do Homens de Preto 3, mostrando o Agente K jovem e velho na mesma posição, para quem não sabe o terceiro longa da série conta como o vilão Yaz (Jemaine Clement) viaja no tempo a 1969 para tentar matar o jovem Agente K e impedir que seja derrotado pelo Agente K no presente..

Ahh Johnny Depp e Tim Burton! Mais uma vez um Depp irreconhecível, mais uma vez maquiagens maravilhosas e mais uma vez uma direção de arte perfeita. O que já é costume para os trabalhos da dupla, agora é torcer que não seja decepcionante. O longa é inspirado na soup opera gótica de mesmo nome, que teve 1.225 episódios exibidos entre 1966 e 1971 nos EUA. A novela apresentava aos telespectadores histórias macabras de vampiros, bruxas, fantasmas e zumbis, em torno da velha mansão da família Collins. 

Um daqueles cartazes básicos que todos os filmes lançam. Com o nome Madagascar 3: Os Procurados, o longa conta a história do grupo indo para a Europa, como integrantes de um circo itinerante. 

E o novo cartaz de On The Road trás o nosso querido Aragorn (ou Viggo Mortensen) em destaque. No longa ele viverá o papel de Old Bull Lee. Mais um poster bem produzido, destaque para os tons sépios e o trabalho de sombra. Tenho gostado do trabalho de direção artística dos cartazes. Agora é esperar pela adaptação do livro do nosso querido Jack Kerouac.

Se pudesse escolher uma área para trabalhar, seria posteres de filme de terror. Olha que coisa linda? Texturas, sobras, recortes bruscos e nem vou comentar sobre esses olhos bem legais. 10 a 0 naqueles sem graças posteres de comédias com fundo branco que vemos por ae neah? O novo filme do diretor Eduardo Sanchez, Lovely Molly, conta a volta para  a casa de sua família de Molly Reynolds, abandonada há muito tempo, lembranças de uma infância digna de pesadelos entram em sua nova vida. Uma força maligna, quer seja seu próprio passado assombrado ou algo sobrenatural, a perturba incansavelmente. Sozinha e isolada em uma mansão centenária, ela logo começa uma descida inexorável em direção à depravação. Em algum lugar da casa, no terrível espaço entre psicose e possessão, vive um mal que arrastará Molly e aqueles a seu redor para a escuridão.


 
 
Aquela série de posteres que todo fã da série vai querer comprar e moldurar em sua casa! Mas se pudesse escolher apenas um, lógico que seria da linda Scarlett Johansson ruiva (!) Ohh lá em casa. Na trama, quando surge um inesperado inimigo que ameaça a segurança global, Nick Fury se vê na necessidade de organizar um time para evitar o desastre mundial.


E fechando os posteres da semana, o lindo cartaz de Residente Evil 5, até fico com vontade de voltar a acompanhar a série. O acabamento no poster está incrível, excelente trabalho de cores. Se o filme for 20% da direção de arte que tem esse cartaz será incrível! Alice (Milla Jovovich) é capturada pela Umbrella e acorda no coração da central de operações deles; enquanto ela penetra mais fundo no complexo, mais de seu passado é revelado e ela continua a buscar os responsáveis pela epidemia. Sua busca leva ela e seus recém adquiridos aliados de Tóquio à Nova Iorque, Washington D.C. e Moscou. Depois de uma revelação explosiva, ela é forçada a repensar tudo o que ela pensou um dia ser verdade.

Dois Mitos: Akira Kurosawa e Elizabeth Taylor

Dois Mitos: Akira Kurosawa e Elizabeth Taylor

Parte 1

23 de Março, um dia de extrema ambiguidade para os verdadeiros fãs da sétima arte. Explico: No dia de hoje, em 1910, nascia Akira Kurosawa, um dos maiores realizadores de cinema de todos os tempos, e, sem dúvidas, o maior e mais importante cineasta do Japão.

Kurosawa começou sua carreira artística como pintor, mas mesmo não seguindo essa carreira por falta de dinheiro, usou esse dom para criar storyboards de seus filmes durante muito tempo. Depois do suicídio do irmão mais velho, Heigo Kurosawa, aos 22 anos (seu irmão era narrador de filmes mudos, mas com o começo do cinema falado ficou sem emprego e acabou optando por um tiro no peito esquerdo), Kurosawa resolveu tentar a sorte em um teste para assistente de diretor em 1935 e nunca mais parou.


Com mais de 30 filmes, Kurosawa nos deixou eternos clássicos atemporais, como Rashōmon (Às Portas do Inferno, 1950), Hakuchi (O Idiota, 1951, baseado em seu romance preferido, Os Idiotas, de Fyodor Dostoevsky), Ikiru (Viver, 1952), Shichinin no samurai (Os Sete Samurais, 1954, sua obra de maior sucesso mundial), Yojimbo (O Guarda-Costas, 1961), Tengoku to jigoku (Céu e Inferno, 1963, seu primeiro filme "Noir", influenciado por clássicos de Bogart), e Ran (Os Senhores da Guerra, 1985, baseado em King Lear de Shakespeare).


Mesmo com essa grande quantidade de obras primas, Kurosawa estava com dificuldades de conseguir recursos para seus filmes. Chegando ao fundo do poço em 1971, tentou suicídio cortando garganta e pulsos várias vezes. Graças ao bom Deus, suas tentativas de suicídio não deram resultado positivo (ou negativo), e Kurosawa recuperou a saúde rapidamente. Ainda em dúvida, aceitou dirigir Dersu Uzala, 1975, que acabou faturando o Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro em 1976.

Com o sucesso já garantido nos EUA, Kurosawa possuía uma legião de fãs famosos, como George Lucas, Francis Ford Coppola, Woody Allen e Clint Eastwood. Fãs que ficaram surpresos ao saber da dificuldade de Kurosawa em conseguir financiar seus filmes. Coppola e George Lucas usaram suas influências sobre a 20th Century Fox para fazer o estúdio produzir Kagemusha (Kagemusha, a Sombra do Samurai, 1980). O esforço foi recompensado com a cobiçada Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes daquele ano, além de duas nomeações ao Oscar, nas categorias de melhor filme estrangeiro e melhor direção de arte, e melhor filme estrangeiro no globo de ouro. Kagemusha, Ran, e Os Sete Samurais são considerados os melhores filmes de Kurosawa. Sendo que Ran, é considerado pelo próprio Kurosawa como seu melhor trabalho.



Anos mais tarde, Kurosawa ainda encontrava dificuldade em financiar seus filmes, e ao saber disso, outro fã, um tal de Steven Spielberg, fez com que a Warner Bros comprasse os direitos de Sonhos (Yume, 1990), um filme baseado em sonhos verdadeiros de Akira Kurosawa. Em um desses sonhos, encontramos um genial Martin Scorsese como Vincent Van Gogh.

Kurosawa fraturou a espinha ao cair e passou o resto de sua vida em uma cadeira de rodas. Mesmo com a mente louca para produzir, filmar e escrever, seu corpo já não aguentava a luta contra a morte. Kurosawa morreu em 6 de setembro de 1998 ao sofrer um derrame, em Tóquio, aos 88 anos de idade.


Com talento invejável, Kurosawa invadiu o ocidente com seus filmes memóráveis influenciando centenas de diretores do mundo todo (O fato de Star Wars ter sido influenciado por A fortaleza escondida, e Sete Homens e um Destino, por sua vez, baseado em Os Sete Samurais é apenas um exemplo).

Parte 2

No começo desse texto, escrevi que hoje é um dia de muita ambiguidade para os cinéfilos e prometi uma explicação. Pois bem, explico: Se por um lado hoje é um dia feliz pelo nascimento de um dos mais importantes diretores de todos os tempos, por outro lado, é um dia extremamente triste, pois em 23 de março de 2011, morria Elizabeth Taylor, uma das atrizes mais belas e talentosas de todos os tempos.


Com seus olhos de cor azul-violeta, Liz Taylor (como odiava ser chamada) nos deixou um grande número de obras primas, como A Place in the Sun (Um Lugar ao Sol, 1951. Ao lado de Montgomery Clift e Shelley Winters), Giant (Assim Caminha a humanidade, 1965. Ao lado de verdadeiras lendas do cinema, como Rock Hudson, James Dean, Mercedes McCambridge - que anos mais tarde ficaria conhecida pela voz do demônio em O Exorcista -, Dennis Hopper, e Sal 'Salvatore' Mineo), Cleopatra, e chocou o mundo ao aparecer gorda e feia em Who's Afraid of Virginia Woolf?, 1966. Ao lado de seu então marido Richard Burton (recebeu o Oscar de melhor atriz por esse filme memóravel, que anos mais tarde, mais precisamente em 2011, seria muito lembrado por Carnage, de Roman Polanski. Seu primeiro Oscar de melhor atriz veio com o filme Disque Butterfield 8, em 1960).


Em uma piada trash, costumo dizer que Liz Taylor foi a Gretchen da sua época: Casou-se 8 vezes, duas com o mesmo marido, Richard Burton, bêbado inveterado. Seu casamento com Burton foi complicado e repleto de brigas e infidelidades públicas, mas, deixo essa parte aos profissionais do programa TV FAMA.

Melhor amiga de Michael Jackson, casou-se em seu bizarro rancho Neverland, e, juntamente com Macaulay Culkin, foi madrinha do primeiro filho do "rei do pop", Prince Michael Jackson I. Grande fã de Liz Taylor, Michael 'nose' Jackson escreveu várias músicas para sua eterna amiga. Liberian Girl e Elizabeth, I Love You foram algumas das músicas.


Liz Taylor morreu de uma parada cardíaca na manhã do dia 23 de março de 2011, aos 79 anos de idade. Lembro exatamente de como fiquei sabendo da notícia de sua morte: Eu fiquei muito abalado, pois na noite anterior havia assistido Um Lugar ao Sol, e ainda estava com seu rosto gravado em minha mente. Custei a acreditar, mas depois de confirmada a morte, só pude lamentar.


Elizabeth Taylor é considerada a 6ª maior lenda feminina do cinema pelo American Film Institute. Veja a lista completa abaixo:

1 Katharine Hepburn (1907–2003, estado-unidense)
2 Bette Davis (1908–1989, estado-unidense)
3 Audrey Hepburn (1929–1993, belga)
4 Ingrid Bergman (1915–1982, sueca)
5 Greta Garbo (1905–1990, sueca)
6 Marilyn Monroe (1926–1962, estado-unidense)
7 Elizabeth Taylor (1932-2011, inglesa)
8 Judy Garland (1922–1969, estado-unidense)
9 Marlene Dietrich (1901–1992, alemã)
10 Joan Crawford (1905–1977, estado-unidense)
11 Barbara Stanwyck (1907–1990, estado-unidense)
12 Claudette Colbert (1903–1996, francesa)
13 Grace Kelly (1929–1982, estado-unidense)
14 Ginger Rogers (1911–1995, estado-unidense)
15 Mae West (1893–1980, estado-unidense)
16 Vivien Leigh (1913–1967, inglesa)
17 Lillian Gish (1893–1993, estado-unidense)
18 Shirley Temple (1928, estado-unidense)
19 Rita Hayworth (1918–1987, estado-unidense)
20 Lauren Bacall (1924, estado-unidense)
21 Sophia Loren (1934, italiana)
22 Jean Harlow (1911–1937, estado-unidense)
23 Carole Lombard (1908–1942, estado-unidense)
24 Mary Pickford (1892–1979, canadense)
25 Ava Gardner (1922–1990, estado-unidense)

P.S. intrometido:
Meu top 5 (sem ordem) seria formado por: Ava Gardner, Lauren Bacall, Ingrid Bergman, Rita Hayworth, e Grace Kelly.