Telekinesis Again?

Um post desabafo sobre adaptações/remakes que nasceu depois de ver o novo Teaser do Remake de Carrie

O Caçador de Álbuns

Eu penso assim: Se eu for para a Inglaterra e alguém me perguntar se eu prefiro ver a Abadia de Westminster ou Abbey Road, eu escolheria Abbey Road

Tin Man - Uma Outra Estrada de Tijolos Amarelos

Que tal uma série que teve três episódios (!) e trouxe a linda da Zooey Deschanel como protagonista? Estou falando de Tin Man, uma releitura moderna dos incríveis contos d’O Mágico de Oz...

Port of Morrow do The Shins e sua psicodelia rock folk indie alternativo

James Mercer conseguiu captar o mais belo de sua essência e nos presenciou com essa obra folk indie alternativa para guardarmos na estante ao lado dos grandes discos de todos os tempos.

Um Indie na Erótica DDK

Imagina um rapaz que só ouve Indie rock, Folk e MPB. Imagina que ele não vai a uma “balada” a uns 3 anos. Sua vida se resume a shows, cinemas e livros. Agora que tal pegar esse rapaz e colocar em uma das festas undergrounds mais famosas do Brasil?

Obrigado, Seu Wilson...

Obrigado ao Seu Wilson...

"Obrigado, Seu Wilson, por fazer seu som sagrado!". Com essas palavras, Emicida homenageia o lendário Wilson das Neves no encontro formado pelo Meet The Legends, nos presenteando com um misto de samba com rap numa das músicas mais legais desse segundo semestre de 2012.


Além de Emicida no vocal, temos no piano: Pepe Cisneiros) e Duani Martins no baixo, quase como um trio de jazz completado pelas baquetadas de Wilson das Neves. Esse é o início da versão brasileira de um projeto musical apresentado pela Ray-Ban e produzida pela Vice, que reunirá músicos da nova geração com lendas da música brasileira: Meet The Legends.

Vídeo visto pela primeira vez lá no Rock in Press, dica do Marcos Xi.

A sexta-feira mais badalada de 2013 [Universo Lollapalooza]

Universo Lollapalooza: A sexta-feira mais badalada de 2013

Line-up de cada dia entregue e vendas do Lolladay a todo o vapor! O Lollapalooza Brasil 2013 já pode ser considerado um sucesso e se você tem dúvidas sobre qual dia ir ou que show assistir... Seus problemas acabaram! Preparamos esse guia com algumas dicas de bandas, falando um pouco sobre as menos badaladas, para, talvez, ajudar na sua decisão!


No dia que teremos The Killers e Deadmau5 como headline, temos o rock alternativo do The Flaming Lips fechando a trinca de principais atrações do dia. A banda americana já levou trGrammys pra casa e foi considerada uma das 50 bandas para ver antes de morrer pela Q Magazine. Tá aí uma boa pedida para marcar um check list na lista da Q Magazine.

Do You Realize?? by The Flaming Lips on Grooveshark

Agora vou falar da minha banda favorita do primeiro dia do festival: Cake! Numa mistura de rock com ska, pop, jazz, country e tudo mais, os cinco “garotos” de Sacramento fazem um som delicioso que surpreende a cada novo cd que lançam, seja com o divertido hit pop Never There, o elegante bolero Frank Sinatra, o rock de guitarras explosivas The Distance ou o folk jazzístico Italian Leather Sofa. Seus covers notáveis merecem igual destaque, como I Will Survive de Gloria Gainors e War Pigs de Ozzy Osbourne.

Never There by CAKE on Grooveshark

Passion Pit, banda americana que lançou o excelente Gossamer esse ano é uma ótima pedida para quem quer curtir algo mais “eletrônico”. É uma daquelas bandas que dá vontade de ver ao vivo, tem tudo para ser um show muito bom. O som animado e a nostalgia aos anos 80, com certeza vai te colocar para dançar!

Take A Walk by Passion Pit on Grooveshark

Continuando na levada do eletrônico, precisa conhecer o trabalho de Porter Robinson, esse jovem é uma das maiores surpresas da cena eletrônica atual. Traz na bagagem participações no Coachella, Tomorrowland, Creamfields e Lollapalooza americano além de ser considerado por Tiësto, Van Buuren e Deadmau5 como um dos salvadores da cena.

Spitfire by Porter Robinson on Grooveshark

Quando vi o nome do The Temper Trap tive uma sensação que já conhecia... Depois me lembrei: Eu, você e todo fã da Zooey Deschanel já ouvimos esse quarteto! Eles estão na trilha sonora de 500 Days of Summer. Precisa dizer mais alguma coisa pra vc ir curtir o show deles?!

Sweet Disposition by The Temper Trap on Grooveshark

A representação do Folk fica por conta do ótimo Of Monsters and Men, com vocais deliciosos e um som harmonioso entre sopros, acordeão, guitarra e violão. Essa trupe da Islândia é dona de um sucesso invejável nos EUA com seu álbum de estreia, o My Head, nesse ano e por isso é uma das maiores apostas do Festival.

Little Talks by Of Monsters and Men on Grooveshark

E para fechar, uma indicação nacional, vale a pena curtir o animado show do Copacabana Club! Num misto de Rock Indie, Eletropop e toques sutis de Mpb, eles prometem lhe botar pra dançar! Vale a pena também perder algumas horas ouvindo o álbum de estreia do grupo, o Tropical Splash.

Just Do It by Copacabana Club on Grooveshark

Amanhã vem a continuação com o segundo dia do evento!

Telekinesis Again?

NOME

Nunca olhei com bons olhos adaptações/remakes de obras que sou apaixonado. Essa coisa de transformação é complicada. Na adaptação de uma obra literária para o cinema, por exemplo, são levantadas diversas questões a cerca da fidelidade, originalidade e representatividade de uma linguagem para a outra, quando na verdade são questões essas conflitantes. É só pararmos para pensar na própria palavra "adaptação": adaptar-se à alguma coisa é sempre transformar-se. Feito isso, é cruel exigirmos fidelidade e ao mesmo tempo originalidade dessa obra que sofreu uma enorme transformação para constituir-se. Ao mesmo tempo, tornar-se fã de uma obra e vê-la ser adaptada para uma nova linguagem, condenada a sofrer todo e qualquer tipo de alterações estéticas ou/e de sentido, é  extremamente angustiante.

Injustiças à parte, estou aqui para falar do novo teaser de Carrie (2013) que acaba de sair do forno hollywoodiano. Apesar de tudo que falei anteriormente, estou curioso e com vontade para/de assistir a esse novo filme sobre a protagonista que mais sofreu bullying na história da cultura pop mundial. Sim, mais uma vez a história de Carrie White será contada nos cinemas. Pra quem nunca leu a obra do Stephen King ou assistiu à sua adaptação mais famosa para o cinema, de Brian De Palma (Carrie, 1976), a protagonista é uma jovem perturbada por sua mãe fanática religiosa, que descobre poderes telecinéticos e acaba causando uma catástrofe na noite do baile em sua escola. Poderes e destruições à parte, o que mais me encanta nessa obra do "mestre do horror" é a relação entre a repressão (em todos os sentidos) sofrida pela protagonista e como isso influencia toda sua vida, desde conflitos internos até  a interação com a sociedade. Tudo isso pode ser muito bem linkado com a nossa própria realidade. Frequentemente me deparo com pessoas na minha vida que sofrem algum tipo de repressão imposta pela família, amigos, religião, opção sexual, ou até mesmo - e este eu considero o pior tipo -, por elas mesmas. Não é raro encontrar esse tipo de gente que permite os próprios pré-conceitos "definitivos" sobre o mundo tomarem conta de todas as suas ações. Dado isto, as minhas expectativas para esse filme previsto para 2013, protagonizado pela talentosíssima Chloë Grace Moretz, giram em torno dessa perspectiva mais psicológica, pouco abordada pelo De Palma no seu clássico.

Infelizmente é de agora que minhas expectativas vão para a geladeira. O teaser recém lançado de "Carrie" revela um foco na destruição maior do que em qualquer outra adaptação. Pelo jeito, Carrie irá não só acabar com uma festa, mas também com uma cidade inteira. Só quero ver onde o principal mote da obra vai se encaixar nessa história.



Carrie
directed by Kimberly Peirce
written by Roberto Aguirre-Sacasa
2013

O Caçador de Álbuns

O Caçador dos Álbuns

De dia, Bob Egan é um bem sucedido agente imobiliário de Nova York. De noite, e nos finais de semana, ele se transforma em uma espécie de detetive da cultura pop, procurando os locais de capas de discos famosos e outras imagens pop. Cerca de um ano atrás, ele começou um site,  o PopSpotsNYC,  para compartilhar suas descobertas, e o site foi crescendo em popularidade desde então.


O Fascínio do Egan com locais de capas de álbuns começou em 1977, quando ele se mudou para um apartamento em Greenwich Village e descobriu que ficava apenas a um quarteirão de distância do local, em Jones Street, onde foi fotografada a capa de The Freewheelin de Bob Dylan, que mostra Dylan andando de braços dados com sua namorada, Suze Rotolo, em um dia frio de fevereiro.

Egan encontrou os locais exatos de álbuns gravados e outras imagens famosas de vários artistas, incluindo Bruce Springsteen, Neil Young, The Who, Kiss e Simon & Garfunkel. As escolhas refletem seu gosto musical. "Eu cresci durante a era do rock clássico, Dylan, Van Morrison, Lou Reed e The Grateful Dead".


"Eu penso assim: Se eu for para a Inglaterra e alguém me perguntar se eu prefiro ver a Abadia de Westminster ou Abbey Road, eu escolheria Abbey Road"

Abaixo estão alguns exemplos do trabalho do Egan (clique nas fotos para vê-las em tamanho maior) . Para ver mais, e para ler a história por trás de cada álbum, visite o site dele, vale muito a pena: PopSpotsNYC.com.













Tin Man - Uma Outra Estrada de Tijolos Amarelos

Uma outra estrada de tijolos amarelos - Tin Man

E o blog volta do Hiato para falar de uma série que teve três episódios (!) e trouxe a linda da Zooey Deschanel como protagonista. Estou falando de Tin Man, uma releitura moderna dos incríveis contos d’O Mágico de Oz, responsável pela maior audiência do canal Sci fi.

Preciso confessar que a série estava na minha “lista para ver” desde 2009, mas por alguns problemas com a Locadora da Baía dos Piratas (Os dvds que pegava sempre travavam ou nunca encontrava legenda sincronizada) fui deixando para lá. Porém, finalmente tomei vergonha na cara e achei uma versão decente. Uma coisa interessante sobre a série / filme pra tv / mini série é o formato, algo que não estamos acostumados no Brasil. São 3 episódios de 1h30 cada um., totalizando 4h30 de produção. Esse formato intermediário entre Série e Filme possibilita que a história seja produzida de forma ideal, sem haver necessidade de esticar a história para virar um seriado "comum" e nem correr para caber em um filme.


O conceito me remeteu bastante a uma das mais aclamadas séries do ano passado, Once Upon a Time. Essa ideia de brincar com fábulas consagradas através de uma releitura moderna mais dinâmica e atual... Dá para visualizar outras tantas histórias que dariam ótimas séries. Mas vamos deixar de rodeios e falar logo sobre a série!

Na história, DG (vivida pela linda da Zooey Deschanel, precisa de mais algum motivo para ir ver?) é levada por um tornado de sua vida pacata para um lugar conhecido como Outer Zone (ou O.Z.), que é ameaçado pela feiticeira Azkadellia (Kathleen Robertson). Ela precisa ir atrás de um ser conhecido por Mystic Man (Richard Dreyfuss) para encontrar respostas de porque foi parar em OZ. Então, DG acaba por reunir os piores heróis possíveis, Cain (Neal McDonough) - um policial sem sentido para amar, por causa da morte de sua família, Glitch (Alan Cumming) - um cientista que perdeu metade do cérebro, e Raw (Raoul Trujillo) – uma criatura bestial em busca de sua coragem.


Li muita gente reclamando dos efeitos especiais, mas aí temos que lembrar que é um filme para tv, 4h30 de duração, o que deve fazer o retorno financeiro ser baixíssimo; e com certeza o orçamento também foi baixo. Comparando com qualquer filme de fantasia lançado no mesmo ano, concordo que Tin Man deixa a desejar em Efeitos Especiais, porém esperava algo muito pior do que eu vi. Há um exagero no uso do Chroma Key, ok, mas os efeitos estão melhores do que séries como Primeval ou a badalada Terra Nova (que são mais atuais). E é essa comparação que deve ser feita, não podemos esquecer que é uma produção para tv.

Ouvi muita gente reclamando, também, da sua duração, "ser longo demais". Se você encarar como um filme, você achará longo, porém é necessário ter uma visão de que isso é um seriado. Não é necessário ver os três episódios de uma vez só, até aconselho ver um por dia ou um por semana.


Agora falando da parte positiva da série, as atuações são excelentes, principalmente a da nossa linda Zoey, mas o ponto chave desse longa é o roteiro e a forma que reescrevem o clássico Mágico de Oz, as referências trazidas ao longo da mini série  são muito bem boladas. Vale a pena dar uma chance a essa outra estrada de tijolos amarelos.

Isso não tem nada haver com o longa, mas ainda estou assustado com essa imagem que achei quando pesquisava sobre Tin Man... Porque?! Alguém me explique porque?!

Crítica: Os Vingadores


Tudo começou cerca de quatro anos atrás, na sala de estar de Tony Stark, com o espião-fodão-caolho Nick Fury (causando uma enorme surpresa por ser interpretado por Samuel L. Jackson, tendo em vista que o personagem clássico das HQs é branco), aparecendo e convocando-o para uma tal de Iniciativa Vingadores, no minuto pós-créditos de Homem de Ferro. Passou o tempo, tivemos mais três filmes – Homem de Ferro 2, O Incrível Hulk e Thor – cada com mais peças do quebra cabeças nas cenas depois dos créditos, culminando no trailer de Os Vingadores no final de Capitão América: O Primeiro Vingador, em 2011. Essa jogada da Marvel Studios foi inteligentíssima, pois tanto os fãs dos heróis pelas HQs quanto os fãs dos heróis somente pelos filmes ficaram instigados para assistir Os Vingadores. Uma sacada tão boa quanto os virais de Batman: O Cavaleiro das Trevas.

O filme foi lançado, nessa sexta, dia 27 de abril de 2012. Assisti no primeiro minuto do dia para fugir de possíveis spoilers. A expectativa em torno de Os Vingadores estava fora do normal, pelo fato da Marvel ter apresentado cada herói em cada filme de uma maneira bem respeitosa com a essência do personagem nos quadrinhos e, ao mesmo tempo, adaptando essa essência para um filme, introduzindo a origem do herói, sua motivação e, como não poderia faltar, a ação.

Eu, antes de assistir ao filme, já esperava comparações com Batman: O Cavaleiro das Trevas, entretanto, não é cabível. Os dois filmes são excelentes, cada um por seu mérito. Então, vamos ficar sem comparações por aqui.

A palavra chave para o sucesso do filme é equilíbrio. Quem esperava um "Homem de Ferro 3" se enganou feio (e provavelmente, com um sorriso no rosto). Joss Whedon fez um trabalho de mestre, criando uma atmosfera coerente, sem entradas forçadas ou participações desnecessárias. Todos os personagens são importantes. Até mesmo Maria Hill e o Agente Coulson. A história, em resumo é a seguinte: a S.H.I.E.L.D. está com uma poderosa fonte de energia chamada Tesseract, que foi resgatada do fundo do mar por Howard Stark, em Capitão América. O Tesseract serve como uma chave para abrir portais para outros mundos. Loki faz um pacto com uma raça de alienígenas que está disposta a ajuda-lo a conquistar a Terra em troca do Tesseract. Loki invade a S.H.I.E.L.D. e rouba o item. Nessa de roubar o item, Loki também encanta o cientista Dr. Selvig, que apareceu em Thor e o Gavião Arqueiro. Vale pontuar que essa de enfeitiçar o Gavião foi uma ótima jogada para dar utilidade a ele e mostrar suas habilidades, sem deixá-lo como coadjuvante, além de dar uma motivação pessoal para Viúva Negra entrar na história.

Para o Capitão América, herói nato, salvar o mundo é sua missão. Tony Stark reluta com aquele papo de que é individualista, não sabe trabalhar em grupo, mas acaba se propondo em ajudar a resgatar o item. Dr. Bruce Banner entra na história para rastrear a radiação gama do Tesseract. E Thor é mandado de volta por Odin pra Terra para levar seu irmão de volta para Asgard. Pronto, todos tem uma razão de existir no filme!

Loki é um vilão carismático, você gosta dele, quer que ele seja derrotado, mas gosta dele! Muito por culpa da interpretação indefectível de Tom Hiddleton, que rouba a cena dando vida ao asgardiano. Senti tanto Chris Hemsworth, como Thor, quanto Chris Evans, como Capitão, mais a vontade nos papéis do que nos seus próprios filmes. Downey Jr. nasceu para fazer essa versão do Homem de Ferro e estava tão bom quanto nos filmes anteriores... aliás, eu diria que ele até está bem mais sarcástico devido a sua interação com outros protagonistas. Scarlett Johansson é linda e perfeita. Ela podia fazer o Nick Fury que eu não conseguiria criticá-la. Jeremy Renner é um ator muito competente, faz muitos personagens agentes/militares e, por isso, fazer o Gavião Arqueiro foi fácil pra ele.

Agora, Bruce Banner... é fato que todo mundo queria ver o Edward Norton revivendo o cientista e quando o cara se negou a participar de Os Vingadores muita gente ficou triste. Quando anunciaram Mark Ruffalo no lugar, ficou aquela dúvida se o cara era bom o suficiente para substituir o Grande Edward Norton. Eu confiei no Ruffalo, gosto dos trabalhos dele e agora, posso dizer, o cara foi muito bem. Ouso dizer, superou o Ed Norton no papel. Além disso, o Hulk tinha as feições do ator e essa semelhança tornava mais fácil aceitar o gigante verde computadorizado como sendo o mesmo "calmo" Dr. Bruce Banner.

Como eu disse, o filme é totalmente equilibrado. Vale o ingresso 3D e IMAX, com direito a pipoca e refrigerantes grandes e ainda um chocolate.

P.S.: Tem cena depois dos créditos, portanto, não saia do cinema antes que alguém de olhos azuis sorria na tela!

Los Hermanos: Como Descrever o Indescritível?


Eu moro no Rio de Janeiro e sou fã da banda Los Hermanos faz tempo, mas nunca consegui ir a um show. Quando comecei a me interessar em shows e resolvi encarar um show da banda, eles entraram em hiatus... #TodosChora.
Tudo bem, tinha prometido a mim mesmo ir no próximo show que a banda fizesse, e quando anunciaram que eles tocariam no Just-A-Fest, em 2009, abrindo para o Radiohead, eu pirei! A vontade era enorme, mas infelizmente os ingressos estavam muito caros pra eu ir na época. No ano seguinte, fizeram uma mini-turnê pelo Nordeste e foram ao SWU, em São Paulo, mas ainda assim era tudo muito custoso pra mim. Durante o ano de 2011 eles não fizeram shows. Camelo lançou o álbum Toque Dela e o Barba encabeçou uma sequência de ótimos shows para comemorar os 10 anos do Bloco do Eu Sozinho, onde eu pude provar o gostinho do que era um show dos barbudos. Foi aí que, no finalzinho do ano passado, divulgaram uma turnê comemorativa dos 15 anos da banda, e o primeiro show da nova turnê seria em Pernambuco, no festival Abril Pro Rock.


Ontem, dia 20 de abril, cheguei no Chevrolet Hall para assistir o Festival na divisa entre Recife e Olinda. Achei o lugar quente, muito quente! Estava cheio, mas sem muito aperto. Perdi o show da banda que ganhou o Bis Pro Rock. Perdi também o do Tibério (que até cantou até Mula Manca!), mas consegui assistir o show da Banda Mais Bonita da Cidade (eles até que são esforçados). Todos agiram como coadjuvantes da noite, porque Los Hermanos era o headline do dia! Aliás, digo mais, Los Hermanos era o headline do Festival!

Esperei ansiosamente, até que meia noite, subiram ao palco Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Bruno Medina e Rodrigo Barba, abrindo o show com Além Do Que Se Vê e uma mais uma toada de hits! Eu pensei que o mundo fosse acabar e que todo o Chevrolet Hall fosse vir abaixo, só que o lugar permaneceu cheio de gente, mas ainda assim tranquilo para circular, pular e estender os braços, cantando bem alto em todos os refrões! Poderia colocar aqui milhares de adjetivos positivos quanto ao que se passou a partir desse momento, ou então, escrever tecnicamente sobre o show que presenciei... Nenhuma das formas seriam capazes de transmitir tudo o que senti. A banda estava num entrosamento ótimo, tanto musicalmente quanto no quesito presença de palco. Amarante é meu ídolo, fez um show foda, mesmo bêbado e enrolando refrões! Barba variando entre os sorrisos de felicidade e as "caras de mau" na batera. Camelo animadão, esbanjando simpatia! E o Medina... é, ele também foi bem (rs)

Minhas ressalvas ao setlist são à Acostumar e Mais Tarde, da carreira solo de Camelo, pois acho que poderiam ter dado lugar à músicas da banda, como Azedume ou Fingi Na Hora Rir... da mesma forma que as novas músicas cantadas pelo Amarante foram igualmente "desnecessárias" para um show do Los Hermanos. Não obstante, o show valeu totalmente a pena! Conversa de Botas Batidas e Último Romance fecharam a primeira parte do show. A banda se retirou naquele charmoso ritual que precede o bis... E que Bis! Foi uma sequência de músicas que não deve ser ouvida em muitos anos: Quem Sabe, Tenha Dó, Descoberta e Pierrot (com a introdução de Vassourinhas)!

Em síntese, o show foi memorável! O meu primeiro show do Los Hermanos foi épico! E não posso me esquecer que daqui a pouco mais de um mês será o segundo, na minha terra natal!

Sem mais delongas, me despeço!
Até a próxima.

Los Hermanos Setlist Chevrolet Hall, Recife, Brazil 2012

Norah Jones's "... Little Broken Hearts" vazou!



Semanas atrás escrevi um pouco sobre Norah Jones e o que esperava de seu novo disco. Pois bem, o disco finalmente vazou, e hoje\"antionti"\amanhã, (não sei ao certo) pude comprar de graça por http.

Com pegadas eletrônicas em certas faixas, "...Little Broken Hearts", (que é produzido por Danger Mouse: Rome, Gnarls Barkley...) começa com "Good Morning", uma bela balada romântica, que, como o próprio título diz, é uma ótima maneira de acordar depois de uma noite de sono. Não é um dispertador paulera (tipo Master of Puppets) que te acorda e te leva direto ao pronto socorro; é um dispertador calmo, doce, que te acorda e te faz acreditar que vai ser outono durante todo o ano.

"Say Goodbye" é a seguinda faixa - e uma das melhores do disco. Quando ela canta "It's allright, it's ok. I don't need you anyway. You don't have tell the turh 'cause if you do i'll tell it too." Eu penso logo que ela está dando um chute em um imbecil que provavelmente deve ter sacaneado com ela em algum momento do passado. Afinal, QUEM sacanearia com um docinho daquele?

Um pouco adiante na mesma faixa ela canta" Well, it ain't easy stay in love if you can't tell lies, so i'll just have to take care about and say goodbye." Então fica claro que o imbecil acima deve ter pisado feio na bola com o docinho de lábios carnudos.

"Little Broken Hearts" é a próxima faixa do disco. Não chega a ser uma balada, mas é algo muito próximo disso. Talvez um pouco obscura, não dizer ao certo. Mas sei que é ótima. Em certo momento ela canta algo como "And then i found a way to sleep side by side". Talvez essa música tenha sido escrita antes daquele imbecil ter zoado com a cara dela. Da pra entender, né? Tipo, o cara tinha essa voz doce sussurrando ao pé do ouvido toda manhã, mas preferiu estragar tudo e ser o mané de "Say Goodbye".

Se a faixa "Little Broken Heart" é quase uma balada, "She's 22" é uma bela balada acompanhada de uma guitarra dedilhada. O começo dela lembra muito as músicas da Cat Power no começo de carreira - e isso é claro, é um ponto muito positivo.


Um pouco depois, aparece "Happy Pills", música gostosa de se ouvir, e novamente, uma indireta para o imbecil que sacaneou com ela em tempos antigos. Ela canta: "You broke this apart, so pick up your piece and go away from here. Please just let me go now, please just let me go. Would you please just let me go now?" Aqui podemos perceber que depois de ser chutado, o mané provavelmente está se rastejando atrás da bela moça, e tentando continuar a amizade: "Never said we'd be friends, trying to keep myself away from you, 'cause you're bad, bad news." Mas ela não quer nada com ele, ela só quer tomar comprimidos da felicidade e ficar de boa.

O disco tem 12 faixas, uma melhor que a outra, mas quando soube da parceria dela com o Danger Mouse, imaginei que o disco seria algo mais pop eletrônico, com sintetizadores e toques dos anos 80, mas, graças ao bom Deus, eu estava enganado, e o disco me pareceu um pouco introspectivo; mas não o introspectivo já conhecido das canções de new jazz de Norah Jones, e sim, um introspectivo mais animado(?).

faixas:

01. Good Morning
02. Say Goodbye
03. Little Broken Hearts
04. She’s 22
05. Take It Back
06. After The Fall
07. Broken Hearts
08. Travelin’ On
09. Out On The Road
10. Happy Pills
11. Miriam
12. All A Dream

O disco chega às lojas em 1º de maio. O lançamento será acompanhado de uma grande turnê, uma vez que 2012 também marca o aniversário de 10 anos de seu disco de estreia, Come Away With Me, premiado como Álbum do Ano no Grammy de 2003.