O Homem que Mudou o Jogo: O Filme que Não é Sobre o Jogo

O Homem que Mudou o Jogo: Um filme que não é sobre o Jogo

O basebol (ou beisebol (do inglês baseball), é um desporto praticado por duas equipes de nove jogad... Não, você não vai precisar saber recorrer ao Wikipédia ou manuais para entender esse filme. O Homem que Mudou o Jogo é, sim, sobre beisebol, mas vai além disso. É sobre mudanças, quebra de paradigmas e persistência. Retrata a realidade cotidiana, avessa a mudanças, como um todo, seja ela no esporte, no mundo dos negócios, ou em casa. Saber ou não sobre esse esporte é apenas algo a mais.

Baseado no livro de Michael Lewis, “Moneyball: The Art of Winning an Unfair Game” e  dirigido por Bennett Miller (Diretor de Capote), o longa, que é inspirado em fatos reais, conta a história da vida de Billy Beane (Brad Pitt), ex jogador e atual General Manager (equivalente ao dirigente de futebol) do Oakland Athletics.


Depois de ser eliminado ao fim da temporada, o time perde sua três principais estrelas - que vão para times maiores -, e Bill precisa reformar sua equipe para o próximo ano. Nesse ponto, ele nota que nunca irá conseguir montar um time campeão, com o baixo orçamento que possui, tendo a mesma mentalidade e junto de Peter, economista formando em Yale, usa de uma metodologia inovadora para escolher e avaliar os jogadores. Em plano de fundo, também é mostrado o embate de Pitt consigo mesmo, os fantasmas do seu passado, em sua escolha entre ser jogador ou ir para a faculdade, enquanto busca ser um bom pai.

Num roteiro muito bem trabalho, o filme possui diálogos excelentes, momentos memoráveis, como as negociações de jogadores por telefone ou as conversas de Beane com o Pett (Jonah Hill). Dupla que, em cena, possuiu uma química incrível. Torço para vê-los juntos em novos projetos no futuro. Hill fez uma das melhores atuações de sua carreira, que culminou em uma merecida indicação a melhor ator coadjuvante. Conseguiu fugir do seu estereótipo habitual, entrando de cabeça num personagem mais sério. Já o Brad Pitt, com uma atuação segura e consistente, está em seu grande momento em Hollywoord, emplacando A Árvore da Vida e O Homem que Mudou o Jogo no mesmo ano. É considerada, pela crítica, a melhor atuação de sua vida. Que pena que concorre com outros grandes na briga pela estatueta.

Falando no Oscar, é o terceiro filme (junto de Cavalo de Guerra) com mais indicações, seis ao todo, Melhor filme, Melhor ator, Melhor ator coadjuvante, Melhor roteiro adaptado, Melhor edição e Melhor mixagem de som. Porém o filme é a grande zebra, pois nos festivais que tem passado, sempre chega com muitas indicações e sai com poucas vitórias. O que não diminui a importância dessa produção, apenas engrandece ainda mais as vencedoras.

Ao final, ficamos com duas sensações: de que precisamos saber se em nossas vidas estamos fazendo as perguntas certas e de que os dirigentes dos nossos clubes precisam ver esse filme urgentemente (é sério, alguém me passa o e-mail da Patrícia Amorim, o Flamengo precisa disso!). Uma linda história, com excelentes atuações, que nos lembram o romantismo, não só do Baseball, mas também dos esportes, que a cada dia que passa são transformados ainda mais em puro negócio. Uma pena que seu lançamento no Brasil foi ofuscado pela sua história ter como plano de fundo um esporte pouco popular por aqui.



O Homem que Mudou o Jogo 
(Moneyball, 2011) 
Biografia, Drama e Esporte - 133 min.
Origem: Estados Unidos
Direção: Bennett Miller
Roteiro: Steven Zaillian, Aaron Sorkin e Stan Chervin
Elenco Principal: Brad Pitt, Jonah Hill, Robin Wright, Philip Seymour Hoffman, Chris Pratt, Kathryn Morris
Distribuidora: Sony Pictures
Trailer


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