Imagine ter um camarote vip onde você poderá acompanhar a vida turbulenta de seus vizinhos, e vivenciar as brigas e seus problemas familiares? Eu sei que você amou essa ideia. Mas não! Não estou falando de James Stewart em A Janela Indiscreta. Pois bem, pegue essa ideia e acrescente ótimos atores iranianos, um diretor competente e pronto: A Separação.
Como disse no começo desse texto decadente, A Separação é uma viagem dentro da vida de um casal iraniano que enfrenta problemas no casamento. O interessante do filme são as atuações extremamente reais, que praticamente nos fazem esquecer que estamos assistindo a um filme. Como disse antes, nos sentimos em um camarote ao assistir os problemas de um casal vizinho. Com muita ambiguidade, nenhum personagem é completamente bom, ou completamente mau. Todos, ao seu modo, tentam fazer o bem aos seus companheiros.
Podemos pensar: "Isso é meio fútil... coisa de programa de fofoca barato de TV aberta." Sim, até pode ser, mas sejamos sinceros, fofocas e vida alheia são os campeões de audiência na TV. Mas engana-se quem pensa que A Separação é um filme banal e fútil - como certo programa global, que não vou citar o nome, mas é apresentado por Pedro Bial -, sobre a vida de pessoas desinteressantes. Não, A Separação é um ótimo filme iraniano de 2011, que está concorrendo ao Oscar de melhor filme estrangeiro – poderia estar perfeitamente concorrendo ao prêmio de melhor filme no lugar de Cavalo de Guerra -, e melhor roteiro original. Além de ter sido vencedor do Urso de Ouro de Melhor Filme, e do Urso de Prata nas categorias de Melhor Ator e Melhor Atriz no Festival de Berlim.
O filme narra a vida de Simin (Leila Hatami), de seu marido Nader (Peyman Moaadi) e de sua filha Termeh (Sarina Farhadi – filha do diretor). O casal enfrenta a separação por Nader não aceitar deixar o pai enfermo e ir para o exterior com a família (no Irã, mulheres casadas não podem sair do país sem o marido). Sozinho, Nader acaba contratando uma diarista chamada Razieh (Sareh Bayat) para cuidar do pai, mas é surpreendido com um acontecimento entre o pai e a diarista. A trama fica mais complicada quando entra em cena o marido esquentado (Shahab Hosseini) de Razieh, que mesmo ignorante e estourado, sempre pensa no bem de sua esposa.
Com uma câmera de mão sempre em movimento, A Separação é um filme repleto de dramas e tragédias cotidianas de um grupo de pessoas comuns, mas que vai fazer você sair do cinema completamente estupefato.
A Separação
(Jodaeiye Nader az Simin/ Nader and Simin: A Separation, 2011)
Drama - 123 min.
Origem: Irã
Direção: Asghar Farhadi
Roteiro: Asghar Farhadi
Elenco Principal: Leila Hatami, Sareh Bayat, Peyman Moaadi, Shahab Hosseini, Sareh Bayat, Sarina Farhadi
Censura: 12 anos
Trailer
Como disse no começo desse texto decadente, A Separação é uma viagem dentro da vida de um casal iraniano que enfrenta problemas no casamento. O interessante do filme são as atuações extremamente reais, que praticamente nos fazem esquecer que estamos assistindo a um filme. Como disse antes, nos sentimos em um camarote ao assistir os problemas de um casal vizinho. Com muita ambiguidade, nenhum personagem é completamente bom, ou completamente mau. Todos, ao seu modo, tentam fazer o bem aos seus companheiros.
Podemos pensar: "Isso é meio fútil... coisa de programa de fofoca barato de TV aberta." Sim, até pode ser, mas sejamos sinceros, fofocas e vida alheia são os campeões de audiência na TV. Mas engana-se quem pensa que A Separação é um filme banal e fútil - como certo programa global, que não vou citar o nome, mas é apresentado por Pedro Bial -, sobre a vida de pessoas desinteressantes. Não, A Separação é um ótimo filme iraniano de 2011, que está concorrendo ao Oscar de melhor filme estrangeiro – poderia estar perfeitamente concorrendo ao prêmio de melhor filme no lugar de Cavalo de Guerra -, e melhor roteiro original. Além de ter sido vencedor do Urso de Ouro de Melhor Filme, e do Urso de Prata nas categorias de Melhor Ator e Melhor Atriz no Festival de Berlim.
O filme narra a vida de Simin (Leila Hatami), de seu marido Nader (Peyman Moaadi) e de sua filha Termeh (Sarina Farhadi – filha do diretor). O casal enfrenta a separação por Nader não aceitar deixar o pai enfermo e ir para o exterior com a família (no Irã, mulheres casadas não podem sair do país sem o marido). Sozinho, Nader acaba contratando uma diarista chamada Razieh (Sareh Bayat) para cuidar do pai, mas é surpreendido com um acontecimento entre o pai e a diarista. A trama fica mais complicada quando entra em cena o marido esquentado (Shahab Hosseini) de Razieh, que mesmo ignorante e estourado, sempre pensa no bem de sua esposa.Com uma câmera de mão sempre em movimento, A Separação é um filme repleto de dramas e tragédias cotidianas de um grupo de pessoas comuns, mas que vai fazer você sair do cinema completamente estupefato.
A Separação (Jodaeiye Nader az Simin/ Nader and Simin: A Separation, 2011)
Drama - 123 min.
Origem: Irã
Direção: Asghar Farhadi
Roteiro: Asghar Farhadi
Elenco Principal: Leila Hatami, Sareh Bayat, Peyman Moaadi, Shahab Hosseini, Sareh Bayat, Sarina Farhadi
Censura: 12 anos
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